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Monção

Deputados do PSD apelam à união dos partidos para defender exclusividade do Alvarinho

8 Abril, 2014 - 11:43

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Projecto de resolução apresentado pelos deputados social-democratas vai ser discutido no dia 2 de Maio.

Os deputados do PSD na Assembleia da República, eleitos por Viana do Castelo, apelaram ontem em Monção à união de todas as forças políticas no sentido de votarem favoravelmente à manutenção da exclusividade da produção de vinho alvarinho na sub-região de Monção e Melgaço. Recorde-se que no final do passado mês de Março, os mesmos deputados apresentaram na Assembleia da República um projecto de resolução para preservar esta exclusividade. Um documento que recomenda ao Governo que “tome as diligências necessárias” junto das entidades públicas e privadas “com competências em matéria vitivinícola”, para “manter a exclusividade” desta produção na sub-região de Monção e Melgaço.
“Nós não queremos que isto seja confundido com uma actividade meramente partidária. Os motivos que nos levaram a apresentar este projecto de resolução são motivos que forçam, na nossa opinião, uma unanimidade. Daqui apelamos a todas as forças partidárias representadas na Assembleia da República e apelamos a todas as entidades privadas, entidades públicas e autarquias que estejamos todos unidos no próximo dia 2 de Maio quando em Lisboa, na Assembleia da República, for discutida esta resolução”, apelou o deputado Carlos Abreu Amorim.
Refira-se no entanto que Abel Batista, deputado pelo CDS-PP na Assembleia da República, já tinha garantido à Vale do Minho que a exclusividade da produção de vinho alvarinho na sub-região de Monção e Melgaço vai manter-se. “Não está em cima da mesa fazer alterações às áreas geográficas nem às regiões demarcadas. Coloquei essa questão à equipa governamental, que por sua vez não vai fazer nenhuma alteração. Não irá haver alargamento”, garantiu o deputado.
Segundo números de 2013 da Associação de Produtores Alvarinho, a atividade reúne 60 empresas desta sub-região demarcada centenária (Monção e Melgaço), onde são produzidos quatro milhões de quilogramas daquela uva, anualmente. A seleção “das melhores” dá origem a mais de 1,5 milhões de garrafas de vinho alvarinho.
A exportação representa 10% do total das vendas anuais do vinho alvarinho, sobretudo para mercados da América do Norte e norte da Europa, além de outros países com forte presença de emigrantes portugueses, como a França.
Trata-se também da casta cuja uva “mais rende ao produtor”, com exceção da uva utilizada para o vinho do Porto de mesa, chegando a valer 1,10 euros por cada quilo. É por isso a “matéria-prima mais cara” do país, garantem os produtores.

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