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Viana do Castelo

Criança de seis anos afastada por ser hiperativa regressou hoje à escola

28 Maio, 2012 - 14:38

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O rapaz de seis anos, que na passada quarta-feira foi proibido de frequentar a escola, em Viana do Castelo, regressou hoje ao estabelecimento de ensino depois de a direção escolar ter concluído que o seu comportamento “estabilizou”.

O rapaz de seis anos, que na passada quarta-feira foi proibido de frequentar a escola, em Viana do Castelo, regressou hoje ao estabelecimento de ensino depois de a direção escolar ter concluído que o seu comportamento “estabilizou”.

A criança tinha sido impedida de frequentar a Escola da Avenida, na cidade de Viana do Castelo, por alegadamente estar “suspensa” devido ao comportamento hiperativo que apresenta para com colegas, professores e auxiliares.

“Houve uma alteração da medicação e sempre dissemos que quando se estabilizassem os comportamentos ele regressaria. Foi o que aconteceu hoje”, explicou à Lusa fonte da direção do Agrupamento de Escolas do Atlântico.

A decisão de deixar o rapaz regressar foi tomada na sexta-feira, numa reunião que juntou os avós, que têm a tutela, a direção da escola e a médica pedopsiquiatria que assegura o acompanhamento do menor.

No entanto, o regresso ainda será parcial, já que a criança vai continuar a almoçar em casa, de forma a evitar aquele “período de maior agitação”, identificado como “uma fonte de perturbação”.

“Foi uma sugestão dos encarregados de educação que aceitámos e com a qual concordamos. Tem a ver com o processo de integração que é necessário assegurar”, disse ainda fonte.

Ainda assim, a escola reconhece estar “limitada” no acompanhamento que faz do rapaz, tendo em conta que a professora do ensino especial que fazia o seu acompanhamento se encontra de baixa médica.

“Temos um problema de recursos, o que faz com que tenhamos que reformular a estratégia”, acrescentou.

Fonte do ministério da Educação justificou a decisão de não permitir que o aluno frequentasse a escola “de forma a garantir a segurança de todos”, aguardando que a nova medicação “o estabilizasse do ponto de vista comportamental”.

“Em casa ele está bem, aqui acho que puxam por ele, as outras crianças, e depois acontece isto. Mas não é nenhum monstro como a escola o fez parecer e até me prometeu que ia portar-se melhor, porque ele percebe isto”, explicou à Lusa Vítor Araújo, o avô, após deixar o rapaz na escola, hoje de manhã.

A situação e os alegados conflitos da criança na turma do primeiro ano que frequenta naquela escola são conhecidas desde setembro, nomeadamente com episódios de violência até sobre alguns colegas, mas tudo se agudizou há cerca de duas semanas.

“Partiu um vidro e o Agrupamento de Escolas deu ordem que quando acontecesse alguma coisa do género tinha de ir para o hospital. Mas nós só fomos avisados quando ele já estava lá”, acrescentou Ana Paula Silva, a encarregada de educação.

Na quarta-feira ainda tentou levar o rapaz para as aulas, mas a direção recusou-se a recebê-lo, face à decisão anterior, mesmo depois de chamada a PSP ao local.

A criança passou os últimos seis dias em casa, sem acompanhamento escolar.

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