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COVID-19: Fronteiras vão continuar fechadas (pelo menos) até 8 de junho

4 Maio, 2020 - 13:57

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As fronteiras entre Portugal e Espanha vão continuar encerradas, pelo menos, até ao próximo dia 8 de junho. A notícia está a ser avançada pelo jornal Faro de Vigo. De acordo com o periódico, a medida foi imposta pelo chefe de Governo, Pedro Sánchez.

No Alto Minho, já há várias vozes a lamentar esta demora na reabertura das fronteiras. Exemplo disso é a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) que esta segunda-feira, em comunicado, considera que o impacto da reabertura do comércio com as fronteiras fechadas “vai ser praticamente nulo”. A justificar esta opinião, a CEVAL lembra a importância dos galegos na dinamização da economia do lado de cá do rio Minho.

“Quando um galego visita um restaurante no Alto Minho, para apreciar a nossa vasta gastronomia, está a comprar um serviço. Quando apanha o ferry e visita Caminha para comprar artigos para o lar, quando compra na feira semanal de Vila Nova de Cerveira, ou quando em Valença compra atoalhados numa das muitas lojas que encontramos na sua Fortaleza, está a contribuir para definir o significado histórico da palavra comércio no Alto Minho”, explica a confederação.

“Comércio nas regiões raianas do Alto Minho significa Galiza, porque o comércio nestas regiões faz-se e sente-se com os Galegos que diariamente atravessam a fronteira para comprar no Alto Minho”, sublinha.

Em nota de imprensa, a CEVAL mostra-se assim satisfeita com o recente anúncio do Governo de Portugal relativo à reabertura gradual da economia portuguesa que arranca esta segunda-feira. No entanto, a CEVAL tem que “esta medida pouco ou nenhum impacto tenha para as regiões raianas do Alto Minho”

“Conscientes das consequências económicas para o tecido empresarial do país, esta reabertura era necessária para evitar o agravamento da atual realidade vivida pelas pequenas e médias empresas do nosso país”, defende a CEVAL. “Esta reabertura é uma necessidade, mas também um risco, pelo que saudamos também as recomendações e boas práticas, fruto do trabalho conjunto da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e da Direcção-Geral da Saúde (DGS)”

De acordo com dados desta confederação, o número de veículos que atravessam as 5 fronteiras que ligam o Alto Minho à Galiza é de 31.190 veículos por dia, que corresponde a 47% do total global de veículos que todos os dias cruzam as fronteiras entre Portugal e Espanha. “O comércio nos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço está intimamente ligado à relação existente com a Galiza”.

Segundo dados de 2014 do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, o distrito de Viana do Castelo tem 3.234 estabelecimentos de Comércio a Retalho e prestações de serviços, com 12.258 pessoas ao serviço.

No que respeita ao comércio de rua, existem 1.601 estabelecimentos comerciais. Já quando à restauração são 855 os estabelecimentos no distrito de Viana do Castelo.

A Galiza é hoje o principal cliente português em Espanha, sendo cada vez mais um fenómeno de integração transfronteiriça na Península Ibérica. Em 2016, o último ano disponível, as exportações de Portugal para a Galiza atingiram cerca de 2 mil milhões de euros.

Se fosse um país autónomo, a Galiza seria assim o oitavo maior destino de exportação de Portugal, com valores de exportações equiparáveis aos registados para Itália ou para os Países Baixos e cerca de duas vezes superiores aos destinados ao Brasil.

“Por tudo isto, alertamos para a necessidade imperiosa de uma atenção redobrada para o impacto desta epidemia no comércio nas regiões de fronteira”, defende a CEVAL. “Ainda que atualmente não se preveja a reabertura das fronteiras entre Portugal e Espanha, parece-nos adequado perspetivar essa realidade, dando especial enfoque à fustigada economia nas regiões transfronteiriças”.

 

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