As viaturas dos bombeiros voluntários de Valença abasteciam mensalmente mais de 5.000 euros em gasóleo num posto espanhol, uma poupança de alguns euros que desapareceu por completo nos três primeiros meses deste ano.
Os consumos mensais das 15 viaturas que a corporação tem ao serviço, para o combate a incêndios e outros serviços, deveriam rondar nesta altura os 5.000 euros mensais, enquanto na época de Verão chegam aos 9.000 euros. Contudo, os inúmeros incêndios florestais registados fora de época, uma consequência do tempo seco, provocaram um aumento de 2.000 euros na fatura com combustíveis.
Face à constante subida dos preços, aquela associação humanitária conseguiu, há uns anos trás, negociar um preço mais acessível num posto de abastecimento do outro lado da fronteira, beneficiando de uma tarifa alguns cêntimos mais baixa do que a praticada em Portugal.
Mesmo assim, o presidente da corporação, Luís Brandão Coelho, fala num consumo de gasóleo “anormal” para a época, “algo insuportável e sem qualquer garantia de comparticipação”.
Além dos 2.000 euros a mais, por mês, em combustíveis, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença também tem um prejuízo mensal de 2.500 euros por mês com o serviço de INEM e no ambulatório uma queda generalizada dos serviços, que agora são praticados “abaixo do preço de custo”, face à revisão das tarifas pelo Ministério da Saúde.
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