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Monção

Construção de linha de alta tensão lança dúvidas sobre impacto na saúde das populações

31 Dezembro, 2013 - 10:58

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O presidente da União de Freguesias de Valadares, Messegães e Sá diz ter recebido um comunicado da Agência Portuguesa do Ambiente a informar que este investimento já se encontra em discussão pública.

Para além da extinção de aves migratórias, que efeitos terá na saúde das pessoas a construção prevista de uma linha de alta tensão transfronteiriça, de 400KV, entre Fonte Fria (Espanha) e Vila do Conde. A questão foi levantada na Assembleia Municipal de Monção desta segunda-feira.

O presidente da União de Freguesias de Valadares, Messegães e Sá diz ter recebido um comunicado da Agência Portuguesa do Ambiente a informar que este investimento já se encontra em discussão pública.

Carlos Eça realça que a autarquia monçanense já terá dado um parecer favorável ao troço 41B como solução preferencial, passando por várias freguesias rurais dos concelhos de Melgaço e de Monção que não terão sequer sido avisadas.

A preocupação adensa-se quando, ao longo de centenas de páginas e de um DVD, se fala da extinção de aves migratórias, e não das pessoas.

O autarca revela que este “campo magnético é de tal ordem” que fará desaparecer a criação de abelhas de vários produtores.

Contudo, é o impacto que esta “auto-estrada de energia” terá na vida das pessoas que já motivou a União de Freguesias a solicitar um pedido de esclarecimento ao departamento de saúde pública da ARS Norte.

Carlos Eça diz que esta entidade promotora do projeto teve a preocupação de estudar os habitats das diferentes espécies e implicações no seu comportamento, mas sobre as pessoas “nem uma palavra”.

Em resposta, o autarca monçanense, Augusto Domingues, reitera que vai negociar com responsáveis da rede eléctrica espanhola.

Tendo noção de que a rede tem que entrar, só acontecerá por “aquele que menos mal faz”.

Já a vereadora das obras e do urbanismo explica que o parecer dado pelo município ainda no anterior mandato foi em termos de PDM, perante os três corredores apresentados.

Conceição Soares garante que a decisão pesou sobre afastar esta linha de alta tensão das malhas urbanas do concelho, mas assegura que o dossier está a ser estudado por técnicos especializados para avançar com uma pronunciação.

De resto, apela aos representantes dos partidos para participarem neste processo, dando os seus contributos de forma a ter uma posição o mais consensual possível, já que o assunto não deve ir a Assembleia Municipal por questões de agenda.

Esta linha de alta tensão transfronteiriça entre Fonte Fria (Espanha) e Vila do Conde, de 400KV, tem três traçados que passam por Monção.

O estudo já se encontra em discussão pública desde dia 16 de dezembro, com término a 13 de fevereiro.

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