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Viana do Castelo

Consórcio que emprega 2.000 trabalhadores prevê concentração na exportação a partir de 2014

11 Julho, 2012 - 14:43

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O presidente da EDP Renováveis admite que as fábricas do consórcio Eólicas de Portugal (ENEOP), responsável pela instalação em Portugal de 1.200 MegaWatt (MW) de potência eólica, passarão a ser essencialmente exportadoras a partir de 2014.

O presidente da EDP Renováveis admite que as fábricas do consórcio Eólicas de Portugal (ENEOP), responsável pela instalação em Portugal de 1.200 MegaWatt (MW) de potência eólica, passarão a ser essencialmente exportadoras a partir de 2014.

“No projeto ENEOP as exportações terão cada vez mais peso, seguramente”, afirmou hoje João Manso Neto, assumindo que o ‘cluster’ liderado pela EDP Renováveis já instalou em Portugal cerca de 900 MW.

“Estamos a 75 por cento, faltam 300 MW. Dentro de um ano e meio a dois anos estará concluído”, explicou, antevendo desta forma que, após 2014, as exportações serão a prioridade das fábricas do ‘cluster’, que só em Viana do Castelo representam seis unidades e cerca de 1.500 postos de trabalho.

Parte substancial do investimento de 600 milhões de euros do consórcio consistiu na implementação, naquele concelho, de cinco fábricas da multinacional alemã Enercon, onde são produzidos todos os componentes dos aerogeradores, incluindo as próprias torres de 80 metros.

“Este ‘cluster’ foi bem pensado porque não foi criado para viver apenas do mercado interno, mas é competitivo internacionalmente e metade da produção [da Enercon] já é exportada, atualmente. Tem que viver cada vez mais do exterior”, sublinhou João Manso Neto, durante uma visita às fabricas daquela multinacional.

Aquele consórcio criou, desde 2006, um total de 1.930 postos de trabalho diretos e mais 5.000 indiretos.

Da licença atribuída de 1.200 MW de potência eólica, 900 MW já estão ligados à rede elétrica nacional, através de 205 quilómetros de linhas de alta tensão que o consórcio construiu, num investimento de 38 milhões de euros.

“O mercado internacional serviu de base, mas o projeto não se esgota nele”, sublinhou o presidente da EDP Renováveis, garantindo que em Portugal já funcionam fábricas “altamente competitivas” e com mão-de-obra essencialmente nacional.

“A procura de eletricidade, em termos de renováveis, será cada vez maior e em países não tradicionais. Portanto temos de estar preparados para isso”, assumiu.

Na visita às fábricas da Enercon marcou presença o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, que admitiu tratar-se de um projeto que “correu bem”, acrescentando que o desenvolvimento do setor “deve continuar” mas “tendo a preocupação da moderação de custos na perspetiva do consumidor”.

“É possível obter energia renovável a custos moderados, tendo em conta também a evolução tecnológica a que acabei de assistir. Ou seja, obtendo a mesma quantidade de energia com menos recursos, essa maior eficiência traduz-se depois custo que temos de suportar”, apontou Artur Trindade.

Segundo o secretário de Estado, está a ser preparada legislação para “introduzir uma maior dinâmica de mercado e de eficiência/custo para toda a energia que é entregue na rede”.

“Com maior concorrência também, e isso vai permitir termos mais energia renovável, e eólica, do que aquela que está perspetivada”, rematou.

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