Com um grande potencial ainda pouco explorado, sobretudo na Paisagem Protegida de Corno de Bico, o município de Paredes de Coura quer afirmar-se, a curto-prazo, como uma referência no micoturismo, uma nova vertente do turismo de natureza.
Á margem das jornadas micológicas que decorreram este sábado na vila, Pedro Sousa, técnico daquela área florestal, explica que, de forma sustentada, é possível dinamizar a atividade económica e turística do concelho através do estudo dos cogumelos.
Da gastronomia à medicina, passando pela fotografia, a micologia pode constituir-se como um chamariz de turistas.
De resto, Pedro Sousa não tem dúvidas que está dado o ponto de partida para a comercialização de cogumelos em Paredes de Coura. Há cada vez mais pessoas entendidas e interessadas na produção deste fungo, sobretudo os “novos rurais” que, vindos de áreas urbanas, vêm uma oportunidade de rendimento.
No entanto, não são nem podem ser produções de grande escala.
A constituição de uma associação de amadores e estudiosos da micologia não é para já uma prioridade. O técnico da Paisagem Protegida do Corno de Bico diz que existem muitas espalhadas pelo país e com alguma experiência na organização de atividades ligadas à micologia.
Depois de algumas áreas incluídas no Parque Nacional da Peneda-Gerês, Paredes de Coura é a zona do Entre-Douro e Minho com uma extensão significativa de folhosas, espontâneas e plantadas, o confere maior probabilidade de expansão de cogumelos.
Até ao momento já foram catalogadas 80 espécies, mas perspetiva-se que existam perto de duas centenas. Números que podem ser aproveitados e tornar Paredes de Coura uma referência no micoturismo, através da correta exploração deste recurso.
O cogumelo é um produto, sempre existiu, apenas não era valorizado, era praticamente ignorado por todos.
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