A Comissão Politica Concelhia de Ponte da Barca do PSD demitiu-se em bloco por discordar da reforma administrativa que poderá levar ao desaparecimento de várias freguesias naquele concelho.
A demissão do presidente daquele órgão foi confirmada à agência Lusa pelo próprio Augusto Marinho, também vereador na Câmara Municipal de Ponte de Barca, liderada pelo PS, tendo acontecido após nos últimos dias terem sido realizadas várias reuniões.
“Confirmo que apresentei a minha demissão como responsável pelo partido em Ponte de Barca. Os restantes elementos da concelhia foram da mesma opinião e também decidiram sair, o que já comunicámos a todos os órgãos do partido”, explicou Augusto Marinho, eleito em janeiro para um segundo mandato na liderança daquela estrutura social-democrata.
“A minha demissão prende-se com uma questão de consciência, não é contra ninguém. Em 2009, nas eleições autárquicas, andei a pedir o voto às pessoas, prometendo que as ia defender. Com esta reforma, o exercício das funções de vereador e de presidente da concelhia passaram a colidir e o partido terá de escolher outras pessoas para conduzirem o processo e o novo mapa”, apontou ainda.
O líder demissionário assume que a sua prioridade “continua a ser a defesa dos interesses da população” e que está em “desacordo” com a proposta de fusão e extinção de freguesias, apresentada pelo Governo liderado pelo partido que representou em Ponte de Barca.
Admite ser favorável à fusão de freguesias, “mas apenas de forma voluntária” e “nunca perante um cenário de as populações ficarem em pior situação”, classificando mesmo este processo, que segundo a legislação aprovada em abril deverá estar concluído até setembro, como “profundamente lesivo” dos interesses dos cidadãos de Ponte da Barca.
“Para mim, o mapa para o concelho de Ponte da Barca prevê 25 freguesias. Ou seja, as que já existem”, rematou.
Comentários: 0
0
0