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Viana do Castelo

Comissão confirma exclusão do Centro Dramático de Viana dos apoios no Teatro

20 Maio, 2013 - 09:17

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A comissão de apreciação aos apoios diretos às Artes na área do Teatro, nomeada pela secretaria de Estado da Cultura, confirmou a exclusão do Centro Dramático de Viana das verbas do concurso lançado pela Direção-Geral das Artes.

A comissão de apreciação aos apoios diretos às Artes na área do Teatro, nomeada pela secretaria de Estado da Cultura, confirmou a exclusão do Centro Dramático de Viana das verbas do concurso lançado pela Direção-Geral das Artes.

O relatório desta comissão, consultado pela agência Lusa, indica que foi analisada a argumentação de 46 companhias e organizações, relativa à atribuição de apoios diretos, anuais, bienais e quadrienais na área do Teatro, entre 2013 e 2016.

Entre estas conta-se a pronúncia do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana (TN-CDV) que, entre outros aspetos, pedia a revisão da classificação atribuída anteriormente, argumentando com o histórico de vinte anos de atividade e sublinhando a diferença de verbas atribuídas a companhias entre a região de Lisboa e as do norte, estas alegadamente “prejudicadas”.

Argumentos que não colheram nesta análise, “não tendo cada um os membros da comissão encontrado razões para alterar a classificação atribuída”, lê-se no relatório.

Contactada pela agência Lusa, fonte da direção da companhia de Viana do Castelo disse que está agendada para 22 de maio uma assembleia de cooperantes daquela instituição, na qual será decidida a eventual apresentação de nova reclamação.

A Direção-Geral das Artes (DGArtes) anunciou em abril que 54 entidades artísticas vão repartir cerca de 4,3 milhões de euros atribuídos por este concurso.

O TN-CDV apresentou uma candidatura para programação quadrienal, de 313.578 euros (2013), 326.658 euros (2014), 346.799 euros (2015) e 399.358 euros (2016), com 16 novas produções e a reedição do Festival de Teatro do Eixo Atlântico (Festeixo).

Contudo, contrariamente ao que aconteceu no período de 2009 a 2012, a companhia não recebeu qualquer verba da DGArtes, o que levou a direção do TN-CDV a recorrer desta decisão, pedindo a sua reapreciação, pretensão que foi recusada, com a comissão de apreciação a manter a exclusão de qualquer apoio.

Aquando da primeira exclusão, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, anunciou ter pedido explicações à secretaria de Estado da Cultura, criticando esta decisão.

“Mais uma vez é uma companhia da chamada periferia província que é prejudicada. Já estávamos habituados a que o CDV fosse prejudicado por estar a 400 quilómetros de Lisboa, mas o que se anuncia é um corte total”, disse.

O TN-CDV é a companhia residente no Teatro Municipal Sá de Miranda e, segundo o autarca socialista de Viana do Castelo, a falta deste apoio coloca em causa o “trabalho meritório” desenvolvido em mais de 21 anos de atividade.

A companhia já levou à cena 113 produções, das quais 17 destinadas ao público infantil, envolvendo “mais 400 mil espetadores”.

Em 2012, garante a direção, a companhia “teve o seu ponto alto” com o maior número de espetadores em 20 anos, através da peça “Do céu caiu um Anjinho”, de Fernando Gomes, que também encenou e integrou o elenco, a ser vista em apenas vinte dias por 7.086 espetadores.

Já este ano, a peça infantil “Capuchinho Vermelho” soma “mais de 7.500 espetadores infantis” e para o público escolar existe mesmo uma “lotação esgotada” até junho, altura em que termina a carreira desta peça.

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