A Associação Comercial e Industrial dos concelhos de Monção e Melgaço pediu à Câmara Municipal de Monção a interrupção das obras do Campo da Feira, nesta altura de Natal, para debelar a falta de estacionamento. O dirigente Américo Reis explica que recebeu várias queixas de comerciantes do centro histórico, dizendo que estão a ser prejudicados numa altura propicia "a bons negócios". O assunto foi discutido em reunião com a autarquia, mas os trabalhos só serão interrumptidos se a empresa responsável assim o entender.
Para fazer face às lacunas de estacionamento, está a ser preparado um abaixo-assinado para que não caia no esquecimento uma pretenção antiga, a contrução de um parque subterrâneo em pleno centro histórico. Apesar de comprender a actual conjuntura financeira que o país atravessa, Américo Reis acredita que a única solução para uma maior dinamização do comércio tradicional aponta nesse sentido.
Em resposta, o autarca monçanense diz compreender os efeitos da crise nos comerciantes, mas explica que há prazos a cumprir, e não abre "excepções". No entanto, José Emílio Moreira refere que há a possibilidade de o Campo da Feira ser aberto durante esta época de Natal, se a empresa responsável tirar férias.
De resto, o presidente da C«amarta Municipal de Monção classifica de "injustas" as acusações de alguns comerciantes, ao apontarem o dedo ao executivo pela falta de dinamização do comércio tradicional. José Emílio Moreira diz que nem tudo pode ser feito pela autarquia e lança o desafio aos comerciantes para serem mais criativos.
Na origem deste descontentamento dos comerciantes do centro histórico de Monção está a falta de estacionamento há muito contestado, e agora agravado pelas obras de requalificação no actual campo da feira, com um prazo de execução de um ano e meio.
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