No dia em que os comboios de alta velocidade (AVE) iniciaram as viagens comerciais entre a comunidade autónoma da Galiza, Espanha, e a capital daquele país, os presidentes da Câmara de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca bem como os candidatos pelo PSD às próximas eleições legislativas consideram (e lamentam) que o Alto Minho se encontra “afastado da revolução da mobilidade” registada do lado de lá do rio Minho.
“A ligação de comboio de Alta Velocidade (AV/TGV) que permite as ligações em alta velocidade entre Madrid-Galiza, é provavelmente uma das maiores revoluções, dos últimos 50 anos, na mobilidade para aquele território de interior espanhol e o Alto Minho fica afastado dela porque se negligenciou a construção da ligação do Itinerário Complementar 28 (IC28) à fronteira da Madalena”, disse o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, João Esteves, durante uma visita dos candidatos do PSD às próximas eleições legislativas.
Por seu turno Augusto Marinho, presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca relembrou “a importância estratégica da via para a competitividade destes municípios e da região, pois permitirá colocar as pessoas e as mercadorias a pouco tempo das redes rodoferroviárias principais de ligação a Madrid e ao centro da Europa”.
Já o cabeça de lista pelo distrito, Jorge Mendes, realçou que “com a ligação se iria reduzir, em metade, o tempo de viagem até à fronteira, ou seja, estaríamos a pouco mais de três horas de Madrid”.
“Esta ligação já era importante e, agora, tornou-se ainda mais, pois estamos a falar duma questão de centralidade do Alto Minho nas suas comunicações com a Europa”, acrescentou Emília Cerqueira, número dois da lista social-democrata.
O PSD lembra que “esta é uma obra reclamada há mais de uma década e que chegou a integrar o Plano de Proximidade da Infraestruturas de Portugal e já em 2020, os deputados do PSD, eleitos pelo círculo de Viana do Castelo, exigiram ao Governo a conclusão de obras desta ligação fronteiriça”.
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