O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira mostrou-se esta quarta-feira muito satisfeito com a notícia da exclusão da Serra D’Arga do concurso de pesquisa e prospeção de lítio.
“Não podíamos permitir que a exploração (nociva ao ambiente) do lítio e de outros minerais, no espaço territorial da freguesia de Covas ou em qualquer outro local do concelho avançasse. Por isso, esta exclusão da Serra D’Arga é uma grande vitória não só para o nosso concelho, mas para todo o território do Alto Minho”, afirmou o autarca socialista.
“A Serra d’Arga, bem como a sua área envolvente, possui paisagens de elevada diversidade, autenticidade e tradição. A paisagem singular deste território e com uma riqueza e diversidade patrimonial natural, histórica e cultural de elevado valor constitui um fator de extrema relevância que não podia ser esquecido, muito menos, destruído”, sublinhou Rui Teixeira.
“A prospeção e a pesquisa de lítio no território causariam danos irreversíveis não só na paisagem como na vivência das populações”, apontou o presidente da Câmara que teve sempre como prioridade impedir a prospeção e exploração de minérios no concelho.
Recorde-se que, após a consulta pública do Relatório de Avaliação Ambiental Preliminar do Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio das oito potenciais áreas para lançamento de procedimento concursal, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira emitiu uma pronúncia desfavorável que vinha reforçar a posição que tem vindo já a ser defendida pelo autarca de Cerveira.
A pronúncia levantava questões patrimoniais e ambientais, a necessidade de se equacionar o custo ambiental, social/populacional e económico, mas também alertava para um conjunto de ilegalidades no procedimento, para a perca de investimentos privados avultados que estavam previstos e que tinham sido perdidos, nomeadamente, no setor do turismo, e para a falta de esclarecimento público numa questão tão sensível e com tanto impacto na vida da comunidade.
“Foi uma luta prioritária e que sempre defendi para o nosso território e que agora sai reforçada no relatório da Avaliação Ambiental Estratégica promovida pela Direção-Geral de Energia e Geologia que passou a considerar que «no caso da área denominada “Arga”, verifica-se que, perante a sua expectável classificação como Área Protegida, mais de metade da superfície é considerada interdita ou a evitar»” concluiu Rui Teixeira.
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