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Vila Nova de Cerveira

Cerveira e Tomiño investidos Juizes Honorários 2015 do Couto Mixto

23 Julho, 2015 - 08:17

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Ato solene decorreu na Igreja de Santiago de Rubiás (Calvos de Randín).

A Associação de Amigos Couto Mixto procedeu, na Igreja de Santiago de Rubiás (Calvos de Randín), ao ato solene de investidura dos novos juízes honorários do Couto Mixto. A Amizade Cerveira-Tomiño foi uma das entidades nomeadas pelo trabalho desenvolvido em prol da cooperação transfronteiriça.
Desde o ano 2000, a Associação dos Amigos do Couto Mixto reconhece pessoas e entidades que destacam a sua trajetória em prol das particularidades desta terra e da fronteira galaico-portuguesa, através de projetos de colaboração transfronteiriça, antropológicos, tenográficos, entre outros. Com as suas atividades, a Associação trata de manter viva a memória deste singular enclave raiano que perdurou mais de cinco séculos.
O Município de Vila Nova de Cerveira e o Concello de Tomiño foram nomeados com este título por se terem destacado no desenvolvimento de projetos no âmbito das relações transfronteiriças, nos quais se incluem a partilha de serviços públicos e a mais recente elaboração da Agenda Estratégica para a Cooperação Transfronteiriça. A cerimónia contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal e o do vice-presidente, Fernando Nogueira e Vitor Costa, bem como da alcaldesa de Tomiño, Sandra Gonzalez, que receberam os três atributos simbólicos do Couto Mixto: um bastão, um diploma de acreditação desse título e uma chave recordando a que tinha cada Home de Acordo para abrir a denominada “arca das três chaves”, onde estava guardada a documentação de Couto Mixto.
O autarca cerveirense realçou a importância deste ato simbólico ao recordar a determinação e audácia das pessoas e da comunidade que, durante séculos, mantiveram uma autonomia bastante significativa face aos poderes instituídos.
Fernando Nogueira congratulou-se com a nomeação de Cerveira-Tomiño que, após a assinatura da Carta da Amizade, tem procurado valorizar e potenciar o relacionamento entre povos vizinhos.
Até finais do século XIX, existiu na Península Ibérica, encavalitada entre Trás-os-Montes e a Galiza, uma pequena república independente. O Couto Mixto foi um território que, ao longo da história, gozou de uma identidade própria relativa à sua organização jurídica e de organização popular, com direitos e privilégios.
A divisão do seu território entre portugueses e espanhóis foi confirmada já no século XX mas as últimas disputas territoriais só ficaram sanadas nos anos 90.

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