“Será sempre um contributo muito modesto porque venho juntar-me a uma equipa que já trabalha há muito tempo e que tem um trabalho notável feito”. As palavras foram proferidas esta quarta-feira pelo cantor Pedro Abrunhosa, na sua apresentação oficial como membro do Conselho Diretivo da Fundação Bienal de Arte de Cerveira.
“A Bienal é uma marca de muito valor nacional e internacionalmente”, sublinhou.
Pragmático, o artista defende que “a cultura tem de começar a assumir-se cada vez mais como uma parte integrante e estrutural de uma região. Um contributo de crescimento homogéneo daquilo que são as novas necessidades das populações quer das residentes, quer das flutuantes”.
Para Pedro Abrunhosa, “o Turismo hoje em dia já não é o que era. Já não procura sol e praia”. No entanto, realçou o artista, tornou-se “uma das maiores infraestruturas a nível europeu e em Portugal é uma das mais importantes no peso do PIB”.
“O Turismo hoje é alicerçado também em busca cultural. Temos de oferecer a quem nos visita não só uma dinâmica diária mas também a identidade cultural do país”, referiu. E é aí que entra também a arte que, explicou, cumpre várias vezes “um papel de aplacamento da dor coletiva”.
Pedro Abrunhosa em VN Cerveira apresentado como membro do Conselho Diretivo da Fundação Bienal de Arte
[Foto: Rádio Vale do Minho]
Visivelmente orgulhoso com o repto aceite por Pedro Abrunhosa, o presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira mostrou-se determinado em iniciar “um novo ciclo” na Bienal de Arte de Cerveira.
“Uma maior ligação à comunidade e à juventude. Um tempo de afirmação na qualidade de criação artística. Um tempo de solidificação da dimensão internacional da Bienal”, assegurou o autarca.
Com 61 anos de idade, Pedro Abrunhosa é um dos mais conhecidos cantores, compositores e intelectuais do país. Entre os vários prémios que já lhe foram atribuídos soma quatro prémios BLITZ, prémio de Melhor Banda Sonora, em Espanha; e Prémio Melhor Compositor, pela RCL.
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