A Biblioteca de Castro Laboreiro encheu este domingo para a sessão de lançamento do livro Castro Laboreiro, entre brandas e inverneiras, de Luísa Pinto.
Jornalista de profissão, a autora dedicou uma obra à transumância naquela vila castreja.
Relata o modo de vida das pessoas que têm (tinham) o costume de se mudarem entre brandas e inverneiras, de acordo com as exigências climatéricas.
“Desde tempos imemoriais, duas vezes por ano, toda a parentela, animais e pertences, mudava de casa, de acordo com o clima da serra da Peneda e o calendário religioso. Descia-se às inverneiras (aldeias em vales abrigados) para passar o Natal, subia-se às brandas (pequenas povoações em terras elevadas e soalheiras) para passar a Páscoa. Todas as famílias da freguesia de Castro Laboreiro, concelho de Melgaço, por mais pobres que fossem, tinham duas casas, muito semelhantes em dignidade e dimensão. O presente livro é dedicado a esta prática de nomadismo, ainda existente, mas quase em extinção, devido ao despovoamento e às alterações climáticas. Um modo de vida singularíssimo que, em breve, se tornará narrativa histórica com contorno de lenda.», conta a autora.
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