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Alto Minho

Carlos Lage (CCDRN) reclama calendários estáveis e credíveis para TGV

12 Março, 2010 - 15:40

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O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Lage, exigiu hoje aos governos de Portugal e Espanha a fixação de calendários "estáveis e credíveis" sobre a ferrovia de alta velocidade.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Lage, exigiu hoje aos governos de Portugal e Espanha a fixação de calendários "estáveis e credíveis" sobre a ferrovia de alta velocidade.
"A importância estratégica das ligações Lisboa – Porto – Vigo justifica, de uma vez por todas, a fixação de calendários estáveis e credíveis, partilhados e acordados pelos estados português e espanhol", afirma Carlos Lage, numa nota à comunicação social.
Para o presidente da CCDR-N, "o adiamento por dois anos das ligações ferroviárias em alta velocidade entre Porto e Lisboa e Porto e Vigo, preconizado no âmbito do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), não pode colocar em causa, nem comprometer, a conexão à rede ibérica e europeia de alta velocidade".
Carlos Lage sublinha que a ligação do litoral Norte à rede ibérica e europeia, "manifestamente, não é assegurada isoladamente pela ligação Lisboa – Madrid".
"Um adiamento que represente um impasse nas ligações Lisboa – Porto – Vigo significaria, não apenas uma desvalorização inaceitável do peso e dos direitos do Norte no contexto nacional, como também uma perda no desenvolvimento e coesão do país e da Península Ibérica. Se este for o seu significado, deve ser rejeitado energicamente pelos cidadãos do norte do país", frisa.
O presidente da CCDRN lembra ainda que, "se a ligação ferroviária de altas prestações até Vigo não for executada até 2015, Portugal e Espanha perdem os 240 milhões de euros com que a União Europeia contempla a secção internacional entre Vigo e Ponte de Lima e a ponte internacional sobre o rio Minho".
"O prejuízo financeiro atingiria não só o culpado, Portugal, mas também a Espanha. Não é crível que a Espanha esteja disposta a resignar-se aos altos e baixos da política portuguesa nesta matéria. E com toda a razão", acrescenta.
Carlos Lage espera que, "pelo menos", a decisão de adiamento da execução do projeto "não inviabilize o avanço, no imediato, dos estudos ambientais e de especialidade necessários à sua concretização, de modo a salvaguardar o cumprimento dos novos prazos fixados".
"Aqueles que contribuem direta ou indiretamente, no Governo ou na oposição, para o malogro deste projeto essencial para o país e a região não poderão alhear-se das suas responsabilidades depois de cessar a onda emocional contra a alta velocidade, face à ausência de alternativas e ao vazio gerados pelas suas palavras e atitudes", salienta.
Carlos Lage defende que o "projeto de renascimento do sistema ferroviário no quadrante Norte não merece morrer por asfixia, vítima da dissidência política interna".

FONTE: Lusa

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