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Alto Minho

Cancelamento da privatização dos estaleiros de Viana é “boa notícia” – trabalhadores

18 Abril, 2013 - 11:35

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) classificaram hoje como uma “boa notícia” o cancelamento do processo de reprivatização da empresa, mas querem garantias do Governo sobre a manutenção dos postos de trabalho.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) classificaram hoje como uma “boa notícia” o cancelamento do processo de reprivatização da empresa, mas querem garantias do Governo sobre a manutenção dos postos de trabalho.

“Foi uma boa notícia. Ao longo destes últimos dois anos temos vindo a dizer ao Governo que esta é uma empresa estratégica, com futuro”, afirmou o porta-voz da comissão de trabalhadores dos ENVC.

Segundo António Costa, ao cancelar o processo de reprivatização o Governo demonstrou “bom senso” e “visão estratégica”.

Nos próximos dias, os representantes dos trabalhadores, que desde 2011 contestam a privatização total da empresa, deverão reunir-se com o ministro da Defesa Nacional para conhecer a nova estratégia para a empresa, sendo a salvaguarda dos 620 postos de trabalho a “prioridade”.

“Temos preocupação com o que possa vir a acontecer no futuro com os postos de trabalho. Vamos aguardar por explicações do senhor ministro”, disse ainda António Costa.

O ministro da Defesa Nacional anunciou hoje que o Governo decidiu, em conselho de ministros, “encerrar definitivamente” o processo de reprivatização dos ENVC, face à publicação oficial da investigação lançada pela Comissão Europeia às ajudas estatais, de 180 milhões de euros, concedidas à empresa entre 2006 e 2010.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao conselho de ministros, José Pedro Aguiar-Branco confirmou que está a ser preparado um “modelo alternativo” que permita “potenciar aquele ativo estratégico” e, em simultâneo, que vá de encontro “às pretensões europeias”.

Esta solução, adiantou, passará pela abertura de um concurso público para a subconcessão dos terrenos onde operam os ENVC e será explicada, até sexta-feira, à comissão de trabalhadores e ao presidente da Câmara de Viana do Castelo.

O processo de reprivatização dos ENVC contava apenas com um concorrente, o grupo russo RSI-Trading, que estendeu a validade da proposta de compra da empresa até maio.

O ministro da Defesa anunciou ainda o “início” da construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela, contrato de 2010 no valor de 128 milhões de euros e que continua por concretizar.

“Permitindo cumprir o contrato com a PDVSA [empresa de petróleos da Venezuela] e valorizar a indústria da construção naval naquela região do país”, disse Aguiar-Branco.

O Governo decidiu também abrir um concurso público internacional para a venda do ferryboat Atlântida, encomendado por mais de 50 milhões de euros pelo Governo Regional dos Açores e rejeitado em 2009.

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