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Caminha

Caminha/PDM: PSD lança apelo aos presidentes de Junta para «deixarem partidos de lado»

4 Janeiro, 2017 - 00:40

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Sociais-democratas acusam PS de tentar «a todo o custo, fazer aprovar a revisão do PDM sem que a maioria dos caminhenses tome consciência do seu conteúdo».

O PSD Caminha lançou esta terça-feira um apelo aos presidentes de Junta do concelho e aos deputados na Assembleia Municipal no sentido de “deixarem os partidos de lado e se colocarem ao lado das suas populações”. Os sociais-democratas voltam a alertar para o novo PDM e, em comunicado, recordam que “este problema prejudicará centenas de pessoas/famílias e será um entrave para o desenvolvimento do concelho, intensificando a desertificação do interior e maximizando a dificuldade de investimentos geradores de emprego”.
Recorde-se que o novo PDM de Caminha foi aprovado pelo Executivo Municipal no final do passado mês de dezembro. Na altura, a gestão socialista lembrou que em três anos foi possível completar um processo que se arrastava desde 2006, “deixando o concelho sem uma estratégia em matéria territorial. O documento é equilibrado, defende a paisagem e as pessoas, potencia o turismo e a economia e permite o crescimento populacional, estando preparado para acomodar um aumento da ordem das 10 mil pessoas ao longo da próxima década”. O PSD reagiu e considerou que “[o novo PDM] será castrador e prejudicará gravemente centenas e centenas de famílias, afastando nitidamente o aparecimento de possíveis investidores”.
Os sociais-democratas voltaram agora à carga. Apontam baterias à maioria e acusam a maioria socialista de tentar “a todo o custo, fazer aprovar a revisão do PDM sem que a maioria dos caminhenses tome consciência do seu conteúdo”. “No período de consulta pública, apresentaram reclamações 380 cidadãos, apenas tendo sido atendidas 20% das mesmas. O PSD apresentou uma extensa reclamação com várias sugestões concretas para melhorar o documento, mas o executivo ignorou-as por completo”.

“Seria muito melhor se continuasse em vigor o anterior PDM”

Em tom preocupado, a direita caminhense avisa que “a situação é de tal forma grave que, para as freguesias do interior do concelho, seria muito melhor se continuasse em vigor o anterior PDM”. A justificar, o PSD diz que com o novo PDM “vai ser quase impossível construir nas freguesias do interior,pelo facto de terem desclassificado terrenos dotados de infraestruturas e diminuído muitíssimo os índices de construção”. Diz ainda a oposição que “vai ser impossível alguém poder construir uma moradia em Solo Rústico, por via dos índices baixos e pelas faixas de protecção florestal. Também não poderão instalar-se actividades económicas e de turismo nessas freguesias, pelo facto de apenas permitirem o máximo de 200m2”.
Em síntese, o PSD acredita que “o executivo socialista com este PDM vai matar o interior porque o condena a uma desertificação acelerada. A maioria das pessoas ainda não se apercebeu da enorme desvalorização a que este PDM vai sujeitar as suas propriedades”. “De resto, o novo PDM, não traz qualquer benefício ou um novo desígnio estratégico para o concelho. Não estimula o surgimento de novas empresas industriais ou de serviços. Não incentiva o aparecimento de actividades empresariais de turismo de qualidade. Não é por isso indutor da criação emprego, principalmente para os nossos jovens”, lamenta o PSD.
Assim, e de olhos postos na próxima sessão da Assembleia Municipal, os sociais-democratas lembram que a aprovação do novo PDM “só acontecerá se a maioria dos membros da Assembleia Municipal votar a favor da proposta”. No entanto, finalizam os sociais-democratas, “quem o fizer irá ser responsabilizado, no futuro, pelas populações das freguesias”.

[Fotografia: Direitos Reservados]

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