O PSD Caminha rejeita as acusações feitas recentemente pelo presidente da Câmara em relação ao festival de Vilar de Mouros. Recorde-se que, aos microfones da Rádio Vale do Minho, Miguel Alves (PS) considerou que “o mesmo PSD que agora critica a solução para Vilar de Mouros foi o mesmo PSD que teve uma verdadeira tentativa de homicídio político do festival”.
Ouvida pela Vale do Minho, a presidente da concelhia social-democrata, Liliana Silva, corrigiu e sublinhou que “o PSD nunca tentou ‘matar’ o Festival. O PSD tentou sempre contornar determinadas situações que já na altura envolviam o Festival de Vilar de Mouros”. A vereadora realça ainda que “o Sr. Presidente da Câmara não pode vir falar que este é «o mesmo PSD». No entanto, não descartamos qualquer responsabilidade sobre o que aconteceu no passado”. Porém, Liliana Silva adicionou à resposta dados do ‘histórico’ desta novela. “É de lembrar a toda a gente que a única edição do festival que o Sr. Presidente da Câmara conseguiu fazer, foi aquela que já estava preparada pelo anterior Executivo Municipal [PSD]. A partir daí, ele não conseguiu fazer mais nenhuma! Por iniciativa dele, até hoje ainda não fez nada apesar do festival ter sido uma das suas bandeiras durante a campanha eleitoral de 2013”, atirou a autarca social-democrata.
Questionada sobre “o problema com criação de emprego em Caminha e com empresas de Caminha” diagnosticado pelo edil socialista, Liliana Silva foi taxativa. “O PSD não tem problemas nenhuns com a criação de emprego em Caminha nem com a criação de empresas no nosso concelho. O PSD tinha, aliás, uma estratégia clara em termos empresariais para Caminha. Coisa que o Dr. Miguel Alves não tem”, avaliou. “O que o Dr. Miguel Alves faz é ir buscar amigos de fora para virem criar empresas. Ele não está preocupado com os caminhenses! Está preocupado com os seus propósitos e com os seus objetivos”.
A vereadora vai mais além e lembra que ” foi o Dr. Miguel Alves que conseguiu acabar com o Gabinete de Apoio ao Empresário, que estava a ser dinamizado pela Câmara de Caminha. E ele, como não teve capacidade para o dinamizar até chamou a CEVAL para vir prestar esses serviços”. Ato contínuo, Liliana Silva prosseguiu recordando também que “foi o Dr. Miguel Alves que acabou com a Bolsa de Emprego. Como não teve capacidade para a dinamizar, teve de chamar uma outra organização para a dinamização desta bolsa. Até a incubadora de empresas criada pelo anterior executivo, que iria apoiar jovens empresas a criarem músculo financeiro, foi assassinada pelo Dr. Miguel Alves”. Liliana Silva sublinha, desta forma, que “o PSD está efetivamente preocupado com o emprego. Está preocupado com a criação de empresas, mas de forma sustentada. Não estamos minimamente preocupados com empresas que venham de Lisboa para aqui criadas com um único objetivo, ainda para mais da forma como foram criadas”.
Marcado para os próximos dias 25, 26 e 27 de agosto, “o festival vai ter dois palcos e um deles vai ser gratuito. O palco principal será de música mais madura, música ‘cool’, boa onda e com as melhores bandas portuguesas e outras boas bandas internacionais”, adiantou recentemente o edil socialista. Sem revelar quaisquer nomes, Miguel Alves garante que haverá ainda uma vertente ligada à gastronomia. “Queremos que as famílias venham a este festival. Será um festival diferente dos outros que conhecemos, com um público diferente. Queremos que as pessoas se sintam bem à frente do palco mas também cá atrás, quando estiverem a jantar”. A descrição feita não convence, no entanto, a líder do PSD. “Este festival, que já tem anunciado tudo isso que o vai envolver, é um festival que está a ser criado por uma empresa que não tem ainda sequer início de atividade nas finanças. É um festival cujo cartaz ainda não se conhece e o Sr. Presidente diz que já está tudo resolvido. Vamos então esperar para ver o que sucede em agosto”, disse. “Para o bem do festival era bom que essas palavras do Dr. Miguel Alves não fossem mais engodos políticos como os que nos tem habituado”, finalizou.
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