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Caminha

Caminha: PSD alerta para um ‘Centro Histórico às escuras’

21 Junho, 2016 - 16:47

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Social-democratas lamentam pouca eficiência da nova iluminação LED.

O PSD de Caminha está preocupado com os resultados da nova iluminação LED no Centro Histórico da vila. A vereação social-democrata deu o alerta para um problema que, refere em nota de imprensa, “está à vista de todos”.
Explica a oposição ‘laranja’ que o anterior Executivo caminhense (PSD) “com uma parceria entre a CIM e a Adriminho iniciou um estudo para que fosse possível candidatar mais tarde, todo o concelho a um concurso que visasse a substituição das lâmpadas e luminárias existentes, com vista à poupança energética. Para tal, chegou inclusive a ser feito na altura, na Rua Direita, com o apoio do IGESPAR, um estudo com 3 modelos diferentes, para verificar qual o que se adaptaria melhor ao Centro histórico de Caminha, como forma de o valorizar. O anterior executivo pretendia um estudo sério e credível que potenciasse este local e os monumentos e que se estendesse a todo o concelho”.
Foi em maio do ano passado que a Câmara Municipal anunciou que iria proceder à requalificação da Iluminação Pública na área do Centro Histórico de Caminha, com a substituição das luminárias e das lâmpadas existentes. Esta intervenção iria custar mais de 100 mil euros. Garantia ao Município uma poupança de mais de dez mil euros por ano.
O Executivo socialista avançou. Mas a forma como o fez não agradou minimamente à direita. “A candidatura limitou-se à iluminação pública do Centro Histórico, e não a todo o concelho como o anterior executivo pretendia, e nem o terreiro contemplou”, atira o PSD. “Não chegavam os eventos avulsos, ainda temos candidaturas pela metade. O Plano de Iluminação foi aceite pelo atual executivo sem qualquer estudo substancial de impacto in loco como era exigido, e colocaram o Centro Histórico de Caminha às escuras”.
Para o PSD, também os resultados desta operação ficaram aquém das expetativas. “Toda a iluminação está fraca mas existem situações gritantes e surreais como a Rua de São João e o Largo Calouste Gulbenkian. Na Rua de São João alteraram de forma tão dramática a iluminação que só colocaram lâmpadas e luminárias de um dos lados da rua, deixando o outro completamente às escuras. O Largo Calouste Gulbenkian só tem uma luminária virada para o largo e os focos de chão, que passam uma grande parte do tempo desligados. Como se pode assegurar desta forma questões importantes como a segurança pública e ao mesmo tempo de elevação e potencialização destes locais?”, questionam os sociais-democratas.
“A rede de luminárias tem de ser rigorosa na sua distribuição pelos espaços públicos, de forma a elevar as potencialidades no que diz respeito à criação de uma maior atratividade da área histórica, de forma a potenciar o investimento privado, dinamizando assim a atividade económica”, defende o PSD. “O atual executivo desvaloriza o que é nosso e assim desvaloriza Caminha. Temos um património cultural e monumental que nos poderia dar riqueza 365 dias por ano e o atual executivo limita-se a gastar milhares e milhares de euros em eventos pontuais que só dão visibilidade e iluminação ao presidente”.

Maioria socialista reconhece que questão do Terreiro tem de ser resolvida

A Rádio Vale do Minho tentou contactar o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, mas não obteve qualquer sucesso. No entanto, em declarações ao jornal «O Caminhense», o vice-presidente da autarquia reconheceu que a questão do Terreiro tem que ser resolvida, dando ainda conta de “alguns reparos, nomeadamente na Rua de São João e Rua Miguel Dantas”. Ainda de acordo com aquele jornal, Guilherme Lagido disse porém que, na sua opinião, o actual sistema de iluminação pública é “genericamente melhor que o anterior”.
Esta intervenção resultou de uma candidatura aprovada no âmbito da CIM Alto Minho ao Eixo Prioritário II do Programa Operacional Temático Valorização do Território (PVOT). A intervenção foi cofinanciada em 85% pelo PVOT, sendo a restante quantia suportada pela autarquia.

Cenário de Caminha similar ao sucedido em Monção

Recorde-se que foi no passado mês de dezembro que o PSD de Monção alertou para a pouca luminosidade emitida pelas novas luminárias LED colocadas no centro histórico da vila. Sobre as novas luminárias de estrada, a vereação social-democrata não teve quaisquer dúvidas acerca da eficácia demonstrada. Já sobre as que foram colocadas no centro histórico, a posição do PSD é outra. “Na Praça da República, por exemplo, a iluminação é muito concentrada. Se eu estiver à beira do candeeiro, tenho uma iluminação perfeita. Se andar três metros, fica completamente escuro”, apontou o vereador António Barbosa em reunião do Executivo Municipal.
Na resposta, a vice-presidente da Câmara admitiu que o novo estilo de iluminação deixou alguns pontos do centro histórico às escuras. Conceição Soares garante que esse problema vai ser solucionado. “A luz LED não é tão difundida como a ‘amarela’. É mais concentrada. Há ruas onde as pessoas nos perguntam se pusemos mais candeeiros e nós explicamos que apenas substituímos os que existiam. Mas nas praças há esses problemas [de escuridão] que vamos ter de complementar com outro tipo de iluminação”, avançou a autarca socialista. “No caso da Praça Deu-la-Deu está previsto iluminarmos a Igreja e o chafariz da Danaide. Isso já resolverá dois pontos negros. Para o centro da praça ainda não temos solução, mas provavelmente através de iluminação indireta iremos resolver esses pontos que existem”, referiu Conceição Soares. Já no que diz respeito às ruas do centro histórico, a autarca considerou que os problemas deste tipo “são poucos mas teremos de colocar uma ou outra lanterna para completar essas falhas que existem. Mas, de uma maneira geral, a iluminação melhorou muito. É mais concentrada e vê-se muito melhor”.

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