O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves (PS), está determinado a apostar ainda mais no mar. “Isto de modo a que o mar também se aproxime de cada um de nós na nossa comunidade, como marca identitária”, disse o autarca caminhense em Vila Praia de Âncora durante a abertura da conferência intitulada Política de Assuntos Marítimos e das Pescas: Balanço 2014-2020, Perspetivas & Propostas de Ação Alto Minho 2030, promovida pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho).
A iniciativa, recorde-se, inseriu-se nas celebrações do Dia Europeu do Mar levadas a cabo pelo município. Uma data que, congratulou-se Miguel Alves, “se alarga a todo o ano” nas escolas do concelho. “A Escola Básica e Secundária do Vale do Âncora tem vindo a inserir no seu currículo matérias que têm a ver com a vivência e com o conhecimento do mar”, enalteceu. “São as nossas crianças que agora estão a saber mais, para nos devolverem em breve muito do que vamos perdendo nestas matérias de mar”.
Miguel Alves: “São as nossas crianças que agora estão a saber mais, para nos devolverem em breve muito do que vamos perdendo nestas matérias de mar.”
O edil caminhense virou para o apoio à pesca e à necessidade de investimento nesta matéria. “Tal como foi feito no Cais da Rua e como é necessário fazer aqui no Portinho de Vila Praia de Âncora”, considerou. Mas a pesca está ligada à gastronomia e, de forma incontornável, Miguel Alves lembrou “o apoio dado à Festa do Mar e da Sardinha e à Festa do Espadarte que tem vindo a marcar Vila Praia de Âncora como a Capital do Espadarte“.
Para além da gastronomia, Caminha está também virada para o desporto ligado ao mar e às escolas. “O desporto escolar está hoje ligado a um conjunto de atividades que são nossas e fazem com que as nossas crianças voltem ao mar. Por isso é que hoje no desporto escolar temos a canoagem, o remo, o surf”, enumerou. “E temos ainda o projeto Caminha Sabe Nadar que permite que qualquer criança, a partir dos 6 meses de idade, possa aprender a nadar gratuitamente nas nossas piscinas. É um programa que faz com que a próxima geração de adolescentes e jovens saiba nadar”.
Mas há desafios. E um desses, prosseguiu Miguel Alves, é o da “economia sustentável”. “Saber equilibrar aquilo que são os interesses do mar com aquilo que são os interesses das pessoas. Saber encontrar a equação perfeita que nos traz o que o mar pode dar em termos de riqueza, mas que permite também preservá-lo para as próximas gerações”.
Miguel Alves: “É preciso saber equilibrar a existência do homem com a permanência do mar.”
As alterações climáticas também não passam ao lado do atual Executivo socialista. Dar melhores condições à pesca naquela comunidade está também nas prioridades da equipa liderada por Miguel Alves.
A fechar, às portas do Verão, Miguel Alves puxou os galões do Alto Minho “e a capacidade que temos hoje para ganhar bandeiras azuis nas diversas praias”. “Essa capacidade que temos em colocar o Alto Minho com uma balança comercial positiva relativamente ao exterior passa muito pela valorização do mar, da pesca e das praias. Mas é preciso não só saber o que queremos fazer daqui a cinco anos como também daqui a 10 e até nos próximos 50 anos. É preciso perceber o que queremos fazer no próximo quadro comunitário com as balizas que nos dão com a questão das alterações climáticas”, alertou. “É preciso saber equilibrar a existência do homem com a permanência do mar”.
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