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Caminha: Orçamento aprovado por maioria – PSD lamenta um documento que ‘desvaloriza as famílias’

29 Outubro, 2015 - 08:22

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Autarca socialista diz que é um orçamento que visa continuar o esforço no sentido do equilíbrio das contas do Município, mas que ao mesmo tempo procura potenciar a economia do concelho.

O Executivo Municipal de Caminha aprovou esta quarta-feira, por maioria, as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2016. O presidente da Câmara, Miguel Alves, explicou que este é “o documento de previsão de despesas e receitas mais exigente da última década, apresentando uma despesa previsível que é a mais baixa dos últimos 10 anos”. Com uma previsão de despesa e de receita da ordem dos 19,5 milhões de euros, o presidente da Câmara de Caminha classificou-o como “orçamento slim fit”, duro porque corta na despesa, mas que não perde a ambição, mantendo a aposta em áreas como a educação e o investimento.
As contas realizadas pelo Município para 2016 apontam para valores de despesa e receita de 19.485.985 euros. Os números traduzem uma diminuição de despesa de mais de 1,5 milhões de euros comparando com o orçamento de 2015, uma diminuição de despesa de 800 mil euros face ao orçamento de 2014, uma diminuição de despesa superior a 4,1 milhões de euros tendo como referência o orçamento de 2013 – “em suma, uma diminuição de despesa superior a 3 milhões de euros relativamente à média dos orçamentos municipais dos últimos 5 anos”.
Para o edil socialista, este orçamento ”emagrecido mas tonificado” visa continuar o esforço no sentido do equilíbrio das contas do Município, mas que ao mesmo tempo procura potenciar a economia do concelho.
“Antes da entrada deste Executivo, a Câmara Municipal conseguiu disfarçar o desequilíbrio estrutural com sucessivos pedidos de empréstimos, uns a curto, outros a médio e longo prazo. Ou com programas do Governo que significaram o mesmo. Ou não pagando faturas registadas. A herança acumulou e tornou-se um monstro de despesa que a receita não tem conseguido resolver”, disse Miguel Alves. O presidente deu então como exemplo a poupança com a diminuição em 45% dos custos previstos para pagamento do novo serviço de recolha de resíduos sólidos. Disse o autarca que é à custa desta estratégia que se consegue, apesar das dificuldades, “dar músculo às competências próprias do Município que mais puxam pela economia e pela coesão social”, de que são exemplos a aposta no investimento e nas obras estruturais, a manutenção do investimento em Educação, o reforço da intercomunicabilidade entre os cidadãos e as instituições do concelho, “reforçando a cidadania ativa, por um lado, mas também o papel das coletividades e das associações naquilo que é um motor de desenvolvimento social, económico e cultural da nossa terra”.

PSD lamenta um orçamento que “desvaloriza as famílias”

A vereação social-democrata votou contra o documento. A justificar, a oposição ‘laranja’ considera que este orçamento “traduz a política despesista, apostando a fatia maior do orçamento na cultura e desvalorizando as famílias e as instituições do nosso concelho”. O PSD caminhense alerta ainda que “este orçamento prevê um aumento na despesa corrente no valor de um milhão de euros, quando comparado com o do ano anterior. Passa assim de cerca de 14 milhões para 15 milhões de euros, sendo as rubricas mais beneficiadas a da Aquisição e bens e serviços e contratos com pessoal ( assessorias, avençados e recibos verdes ). Este orçamento prevê gastar mais dinheiro, e a única despesa que irá baixar é a chamada despesa de capital, ou seja, o investimento efetivo no nosso concelho”.
O PSD salienta ainda “o acréscimo brutal nas rendas sociais que sofrerão um aumento, segundo o orçamento apresentado, de cerca de 1000%”. Em jeito de conclusão, o PSD lamenta que a maioria socialista continue “a preferir gastar dinheiro com festinhas do que com as famílias, educação e instituições do nosso concelho. Não se verifica neste orçamento qualquer tipo de visão estratégica relativamente às empresas ou ao tecido empresarial”.

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