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Caminha

Caminha: Novo Mercado será ponto de encontro com as pessoas e com o rio Minho

10 Outubro, 2015 - 09:33

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Objetivo do Município é, durante os próximos dois anos, ter pelo menos a obra em execução, senão mesmo terminada.

Reconciliar o Mercado Municipal com as pessoas, com o centro da Vila e com o Rio Minho, fazer dele um polo de atração e dar condições de funcionalidade e conforto aos comerciantes são pontos convergentes nas quatro propostas apresentadas aos comerciantes, no próprio Mercado. Os jovens arquitetos da Escola Superior Gallaecia (ESG) que aceitaram o desafio da Câmara de Caminha apresentaram soluções para a recuperação de um equipamento que, como o presidente da Câmara lembrou, foi construído provisoriamente há 40 anos. Caberá à população escolher a proposta a executar, através do seu voto. O objetivo do Município é, durante os próximos dois anos, ter pelo menos a obra em execução, senão mesmo terminada.
Há cerca de dois anos, logo no início deste mandato, a ASAE anunciou o fecho do Mercado Municipal de Caminha. “Foi o primeiro momento de verdadeira aflição”, recordou Miguel Alves, então recém eleito. O Executivo interveio de imediato, procedeu a algumas melhorias e conseguiu reverter a situação, mas era claro que a situação não poderia manter-se. Era também óbvio que não seria possível esperar por uma solução de maior envergadura, que só aconteceria quando o projeto da nova marginal estivesse implementado, o que significaria investir (mercado incluído) onze ou doze milhões de euros. “Decidimos que era chegada a hora de agir” contou Miguel Alves. A solução foi uma parceria entre o Município de Caminha e Escola Superior Gallaecia, lançando o desafio aos estudantes de Mestrado Integrado em Arquitetura e Urbanismo, Design e Artes Plásticas e Multimédia. O objetivo do Município é adaptar a estrutura “às novas dinâmicas de mercado, fortalecer o seu posicionamento no comércio de proximidade, e criar novas estratégias de divulgação dos produtos de produção local”. Será uma solução low-cost, na medida em que aproveita a estrutura existente, mas quem viu os projetos dificilmente reconhece as velhas paredes, embora elas estejam lá. Além dos espaços de venda há cafetarias ou restaurantes, sítios para convívio e luz, muita luz, em alguns casos como se o rio estivesse ali mesmo, debaixo das janelas. Há vida.
Elaborados os projetos, um júri dos dois organismos escolheu quatro. São propostas que incidem sobre o interior e sobre o exterior, uns mais arrojados outros menos. Todos tiveram em conta as opiniões dos próprios comerciantes, conforme o apelo de Miguel Alves: “não comecem a desenhar um novo mercado sem falar com os especialistas”, disse-lhes logo no início. E assim foi, durante os últimos meses, as equipas de arquitetos portugueses e espanhóis andaram pelo velho Mercado Municipal, fizeram um levantamento exaustivo e falaram com as pessoas: clientes e comerciantes, sobretudo estes. Os arquitetos ouviram as suas preocupações, perceberam as suas angústias, mas também ficaram a conhecer os seus sonhos. Depois colocaram o seu saber e as mais modernas técnicas da arquitetura e do design ao serviço dos projetos.
O novo Mercado Municipal de Caminha será um ponto de encontro com as pessoas, com o centro da Vila e com o Rio Minho. Importa dizer que nenhum dos quatro projetos selecionados está fechado. O que for escolhido pela população será ainda melhorado – é esse o compromisso. Certo é que a execução da obra será também acompanhada pelos professores da Gallaecia, como assegurou Vitor Silva, docente da ESG.
Como o presidente da Junta de Caminha e Vilarelho sublinhou, havia soluções mais fáceis. “Todos vimos o mercado crescer e definhar. Podíamos desistir. Mas esta Câmara não foi por aí, não se resignou, mas também não se fechou nos gabinetes e por isso é que estamos aqui, a falar com os profissionais do Mercado de Caminha”, disse. “Este momento é também uma homenagem aos profissionais desta casa, que tiveram a coragem de não desistir”, acrescentou ainda Miguel Gonçalves.

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