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O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, assegurou esta sexta-feira que não existem quaisquer riscos na praia de Moledo. Após o alerta dado pela Rádio Vale do Minho perante o avanço do mar e com a todalidade dos tubos de geotêxtil à vista, o autarca socialista referiu ao jornal O Caminhense que a intervenção feita em 2014 foi pensada para aguentar os impactos do mar.
“Eu percebo naturalmente a preocupação das pessoas. Temos tido problemas com o mau tempo e temos tido problemas de erosão em toda a nossa costa”, disse o presidente da Câmara.
“Mas o que está a acontecer é aquilo que supostamente devia acontecer. Em virtude deste mau tempo, alguma areia foi retirada pelo mar. Estes geocilindros ficaram a descoberto”.
Miguel Alves: “Os geocilindros estão preparados, como é o caso, para serem colocados a nu para que depois – quando o tempo melhorar – possam voltar a ser cobertos com areia.”
No entanto, assegura o autarca, “estão preparados para resistir às altas pressões feitas pelo mar. Estão também preparados, como é o caso, para serem colocados a nu para que depois – quando o tempo melhorar – possam voltar a ser cobertos com areia. E no limite, se eles romperem, a areia que eles contêm ficará no local não havendo contaminação de nenhuma espécie nem qualquer perigo para obras públicas”.
De acordo com os especialistas, a erosão costeira pode trazer diversas consequências. Entre elas a perda do valor paisagístico, consequentemente, do potencial turístico de uma região.
A maioria dos autores acredita que a principal causa está relacionada à elevação do nível do mar durante o último século. Mas o homem não está totalmente isento de culpas.
De acordo com os dados mais recentes, aproximadamente 20% da rede de costas de todo planeta são formadas por praias arenosas. Destas, 70% encontram-se em predominante processo de erosão.
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