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Caminha

Caminha: Miguel Alves acusa PSD de ‘tentativa de homicídio político do Vilar de Mouros’

22 Abril, 2016 - 11:10

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Autarca socialista lamenta ‘uma oposição rasteira e caluniosa’ que ‘contribui pouco para o desenvolvimento de Caminha’.

“O mesmo PSD que agora critica a solução para Vilar de Mouros foi o mesmo PSD que teve uma verdadeira tentativa de homicídio político do festival”. Sem palavras brandas, aos microfones da Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara de Caminha não poupou nas críticas à vereação social-democrata após a posição manifestada em relação ao rumo encontrado para o evento. “Bateram tanto no festival! Bateram tanto em Vilar de Mouros! Bateram tanto numa história que foi gloriosa de um festival e de um território, que agora deviam ter vergonha de vir dizer o que quer que seja sobre aquilo que é uma solução que nós encontrámos”, disse o autarca socialista.
A maioria socialista na Câmara de Caminha, recorde-se, aprovou esta semana um protocolo a celebrar com a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e com uma empresa sediada no concelho para a realização, em agosto, do conhecido festival. A alteração ao protocolo inicial hoje aprovada com os votos contra da bancada do PSD atribui à Surprise & Expectation a missão de organizar o evento em agosto, nos dias 25, 26 e 27.
Os três vereadores do PSD na autarquia dizem-se “chocados” com as “nuances” pouco claras que envolvem este protocolo. “A empresa com quem vão assinar protocolo, tem sede em instalações do município, e nada foi aprovado em reunião de Câmara no sentido de cedência de instalações, como é obrigatório por lei. Desta forma, esta empresa está ilegalmente constituída”, referem em nota de imprensa. Acrescenta o PSD que a empresa “foi criada no dia 15 de abril, exatamente no mesmo dia em que foi enviada à oposição na autarquia a documentação com informação técnica e protocolo”. “Esta pressa, esta falta de protocolo, esta empresa ilegalmente constituída num local que não lhe pertence, colide frontalmente com a postura do senhor presidente que em declarações à comunicação social diz que a organização do Vilar de Mouros está a decorrer da melhor forma, na tentativa de esconder a quantidade de incongruências que clivam em todo o processo”, sublinha o PSD de Caminha.
Na resposta, e ainda aos microfones da Rádio Vale do Minho, Miguel Alves desdramatizou. “Nós estamos absolutamente tranquilos com a organização. As empresas que estão a trabalhar na organização têm experiência noutros festivais nacionais. As empresas que trabalham nisto decidiram agregar-se numa empresa só para organizar o festival de Vilar de Mouros”, explicou o presidente da Câmara. “Esta empresa vai ter sede em Caminha. Vai ter um funcionário a trabalhar em Caminha e vai ser a partir de Caminha que vamos vender os bilhetes e fazer a divulgação e tratar da logística”. De baterias apontadas à direita, Miguel Alves está convencido de que “o PSD tem realmente um problema com criação de emprego em Caminha e com empresas de Caminha. Já o tinha no passado e agora continua a ter”.
“A nossa oposição, infelizmente, contribui pouco para o desenvolvimento de Caminha”, disparou o autarca. “É uma oposição rasteira e caluniosa! Ainda não saíram daquele dia em que perderam as eleições. Ainda acham que estão a governar Caminha, mas não estão e felizmente que não estão porque a obra começa a ser visível”, continuou. “Agora aparecemos nos jornais, mas não aparecemos nos jornais na secção do crime”, concluiu.

Festival vai ter dois palcos e um deles será gratuito

À Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara adiantou que “o festival vai ter dois palcos e um deles vai ser gratuito. O palco principal será de música mais madura, música ‘cool’, boa onda e com as melhores bandas portuguesas e outras boas bandas internacionais”. Sem adiantar quaisquer nomes, Miguel Alves garante que haverá ainda uma vertente ligada à gastronomia. “Queremos que as famílias venham a este festival. Será um festival diferente dos outros que conhecemos, com um público diferente. Queremos que as pessoas se sintam bem à frente do palco mas também cá atrás, quando estiverem a jantar”.
Em 2007, a um mês da sua realização, o festival foi cancelado por dificuldades de entendimento entre os vários parceiros envolvidos na organização e foi retomado em 2014, a cargo da Associação dos Amigos dos Autistas (AMA). No final dessa edição, que marcou o relançamento do evento após um interregno de oito anos, aquela Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) anunciou o regresso, em 2015, nos dias 30, 31 de julho e 1 agosto, que viria a ser cancelada pela Câmara Municipal.

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