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Caminha

Caminha: Biblioteca abre mais ‘uma página’ inflamada entre PS e PSD

5 Maio, 2016 - 15:19

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Esquerda e direita travam batalha acesa em notas de imprensa.

Depois do Festival de Vilar de Mouros chegou a vez da Biblioteca Municipal abrir ainda mais o fosso entre PS e PSD Caminha. Em comunicado enviado à imprensa esta quarta-feira, o PSD apontou que aquele espaço foi adjudicado por 900 mil euros, mas os custos finais andaram na ordem de 1,4 milhão de euros. “O motivo destes cerca de 500 mil euros de diferença não foi justificado em Reunião de Câmara pelo executivo socialista”, referiu a vereação social-democrata.
“A obra está adjudicada em cerca de 917 mil euros, conforme podem todos verificar na placa presente na obra respetiva, mas as informações financeiras prestadas acerca do valor da obra não coincidem”, alertou o PSD. “Através da informação financeira acerca da gestão de projetos co-financiados ficamos a saber que em termos de co-financiamento e comparticipação da Câmara Municipal o valor ascende a 1,2 milhões de euros, mas depois, na mesma informação surge como total da obra o valor de cerca de 1,4 milhões. Valores longe dos recentemente aprovados na prestação de contas, constante no Plano Plurianual de Investimentos (PPI), ou seja, os tais cerca de 900 mil euros”.
A concluir, a vereação laranja considera “pouco justificável que uma obra adjudicada em cerca de 900 mil euros (como constante em PPI), sem qualquer explicação acabe com o valor total de 1,4 milhões de euros”.

Comunicado do PSD contém “falsidades e mentiras”

Já esta quinta-feira, o Município de Caminha enviou uma nota de imprensa onde acusa o comunicado do PSD de conter “falsidades e mentiras, confundindo valores e procedimentos, e lançando assim um anátema de suspeição que o Município de Caminha repudia liminarmente”.
Em tom de esclarecimento, o Município refere em vários pontos que “o processo de candidatura, com base no projeto existente, previa um custo total de 1,4 milhões de euros. Nessa candidatura foi aprovado um valor elegível de 1.192.064,00 euros. O financiamento aprovado foi de 85%, ou seja, 1.013.744,00 euros. O Município de Caminha abriu concurso público com o preço-base de 1.072.050,00 euros + IVA. A obra foi adjudicada por 917.538,83 euros + IVA. Foi executado e pago nessa obra o valor de 907.374,73 euros + IVA, ou seja, houve trabalhos a menos”.
A fechar a lista de itens, a nota de imprensa garante que “a obra está paga conforme a lei”. O Município caminhense realça ainda que “esta obra, fundamental para a Cultura e que vem valorizar e qualificar o Centro Histórico de Caminha, foi realizada contra a vontade do PSD”. Nas linhas finais, é também lançado um olhar sobre o passado. “O Executivo anterior [PSD] abriu dois concursos públicos para execução da mesma obra, o primeiro sem candidatura e o segundo já com candidatura aprovada, mas foi incompetente para concretizar qualquer um deles”. O documento recorda ainda que “o Executivo anterior viu cancelado o financiamento comunitário por não ter conseguido ou não ter querido iniciar a obra no prazo a que estava obrigado, privando assim o concelho e em particular o Centro Histórico de Caminha de um equipamento que o qualifica. Este Executivo [PS] conseguiu reverter o processo”.

Liliana Silva: “Reação do PS mostra desnorte completo”

Na reação à nota de imprensa enviada pelo Município, a líder do PSD Caminha disse à Rádio Vale do Minho que o documento “mostra o desnorte completo deste Executivo socialista. Em Reunião de Câmara, quando confrontado com números e dados, não é capaz de dar uma única resposta. Depois vai para o seu Gabinete de Imprensa e prepara os textos”. Textos estes, continuou Liliana Silva, “com base em insultos. Mais uma vez vem a história de que o anterior executivo é que era incompetente e irresponsável. Mas a verdade é que o anterior executivo fazia as coisas bem feitas”.
O próprio partido emitiu já um outro comunicado em resposta ao elaborado pelo Município onde lamenta que “a Assessoria de comunicação da Câmara de Caminha, que deveria representar todo o concelho e todos os munícipes, presta-se ao papel de enviar em nome da Câmara Municipal de Caminha um comunicado politico-partidário, com insultos lamentáveis e desenquadrados ao anterior executivo. Pedimos que alguns «sentimentos pessoais menos bons» latentes e que transparecem nesse comunicado sejam de alguma forma atenuados, uma vez que se trata supostamente de um comunicado do Município de Caminha, que deve primar pelo rigor, isenção e respeito institucional”.
A vereação social-democrata, nesta última nota, lamenta ainda “que o presidente fale na Revista de Natal que a obra da Biblioteca custou 1,8 milhões de euros, depois, quando confrontado diga que custou 1,4 milhões e agora afinal só foi adjudicada por 900 mil. Insistem em dizer que a obra está toda paga, desde Dezembro, mas todos os munícipes que passam lá vêem que a obra ainda está a decorrer”.
A fechar, o PSD pretende “lembrar a todos que o Sr. Presidente candidatou a obra da Biblioteca Municipal com um projeto feito integralmente pelo anterior executivo [PSD]. Limitou-se a candidatar o que já estava feito pelo executivo do PSD que ele tanto critica e insulta. Não fosse isso, não teria nenhuma obra para apresentar a Caminha”.

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