É uma praga das cidades a que Viana do Castelo não escapa: na cidade existe mais de uma centena de carros abandonados. Mas, a partir de agora, vai começar a fazer-se a limpeza das ruas. E se os donos não respeitarem, ainda serão obrigados a pagar.
Proliferam pelas ruas da cidade e zonas circundantes. São facilmente detectáveis pelo estado de degradação e ervas daninhas que os envolvem. Segundo o presidente da Câmara de Viana do Castelo, serão cerca de uma centena os carros abandonados. Mas a sua presença nas artérias da cidade têm os dias contados, com a aprovação do regulamento que permitirá à autarquia avançar para a sua remoção.
Percorrendo as ruas vão-se detectando facilmente e há para todos os gostos: desde os que já nem rodas e vidros têm, passando por outros que estão no mesmo local há tanto tempo que até "atrapalharam" obras públicas. "Este está aqui há alguns anos e lembro-me que quando andaram a fazer as ligações do gás natural na rua tiveram que fazer as escavações à volta dele", disse Alexandre Matos, apontando uma viatura numa rua próxima do estádio de futebol.
José Brandão, por sua vez, indica outra situação caricata em que "um carro serve de dormitório a sem-abrigos" perto do Largo Vasco da Gama. A situação não é nova e a autarquia deu agora o primeiro passo para eliminar o problema. "O incentivo ao abate ajudou a resolver muitos casos. Teremos cerca de uma centena de viaturas abandonadas que agora poderão ser removidas com a aprovação do regulamento municipal", disse José Maria Costa.
A condição era obrigatória pois era necessário estabelecer regras que definissem "as condições em que os veículos podem ou não estar na via pública, os prazos legais da remoção e os direitos dos proprietários", salientou o autarca.
Simultaneamente, a autarquia vai avançar com "um concurso para que empresas que estejam certificadas para fazer o desmantelamento façam também, por si, o próprio armazenamento". Caso tal não aconteça, José Maria Costa diz que há vários locais municipais que poderão permitir tal função, até porque "haverá uma grande rotatividade que permite a saída das viaturas rapidamente, não sendo por isso necessário uma grande área, apenas uma que armazem para 15 a 20 viaturas".
José Maria Costa revelou ainda que os carros cujos donos não sejam possíveis de identificar serão removidos imediatamente, enquanto os restantes ficarão no parque para que "os proprietários os possam resgatar".
A fiscalização pertencerá à Câmara, que notificará os donos das viaturas, sendo que em alguns casos está previsto que as despesas da operação de remoção possam ser imputados àqueles.
O comandante da PSP de Viana do Castelo, intendente José Cruz, disse estar empenhado "em resolver o problema identificando os veículos em causa", mostrando-se, por isso, satisfeito pela aprovação do regulamento que "irá permitir melhorar a imagem da cidade e libertar alguns lugares de estacionamento".
FONTE: JN
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