O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, pediu hoje a colocação no concelho de um quiosque eletrónico para pagamento de portagens nas antigas SCUT e assim evitar a quebra de visitantes da Galiza.
O pedido, divulgado pelo município, foi feito por carta enviada ao secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Monteiro, solicitando uma reunião com o governante para definir medidas para que "facilitem" o pagamento aos utilizadores estrangeiros das antigas SCUT.
"Ficando Viana do Castelo isolada por não ter vias alternativas e com o tráfego galego a ser escoado pela A3 pelas facilidades de pagamento", diz José Maria Costa que a colocação de um quiosque eletrónico de pagamento "na entrada sul do concelho" seria um "meio de facilitar o acesso dos cidadãos galegos".
É que, lembra José Maria Costa na missiva, um ano depois da introdução da cobrança na A28, entre Viana do Castelo e Porto, números oficiais apontam para "uma quebra de cerca de 25 por cento no tráfego médio diário de viaturas" naquela autoestrada, antes sem custos para o utilizador.
"Sendo parte desta redução devida à diminuição do tráfego das viaturas vindas da Galiza", escreve o autarca, reclamando "medidas que possam minorar o grave impacto" da situação atual
A colocação de um quiosque eletrónico é uma das soluções, num modelo semelhante ao que foi instalado pela Estradas de Portugal em Vila Nova de Cerveira, Vilar Formoso e Vila Real de Santo António.
Estes três quiosques, instalados junto à fronteira, funcionam desde 08 de dezembro, 24 horas por dia, e vendem títulos pré-pagos para utilização nas antigas SCUT, exclusivamente por viaturas de matrícula estrangeira.
"A Estradas de Portugal está disponível para discutir qualquer possibilidade que sirva para melhorar o serviço prestado", reagiu, à Lusa, fonte daquela empresa pública, tendo em conta o pedido lançado pela autarquia de Viana do Castelo
Recorda que o Alto Minho "tem uma longa e histórica relação com a Galiza com dinâmicas importantes a nível social, laboral, financeiro e cultural" e que o modelo de cobrança "virtual" veio "criar dificuldades de mobilidade no que respeita à utilização das referidas vias por veículos de matrícula estrangeira".
"Trazendo reflexos gravosos a nível da restauração e hotelaria, na competitividade das empresas da região", conclui José Maria Costa.
FONTE: LUSA
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