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Caminha

Câmara exige desassoreamento da barra para melhorar segurança dos pescadores

8 Março, 2010 - 15:50

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A presidente da Câmara de Caminha, Júlia Paula Costa, exigiu hoje uma intervenção "urgente" de desassoreamento da barra do concelho, para garantir melhores condições de segurança aos pescadores do rio Minho.

A presidente da Câmara de Caminha, Júlia Paula Costa, exigiu hoje uma intervenção "urgente" de desassoreamento da barra do concelho, para garantir melhores condições de segurança aos pescadores do rio Minho.
"Com o atual assoreamento, os pescadores praticamente saem diretamente para o mar. A barra, aquela transição do rio para o mar, praticamente não existe", referiu a autarca.
Para Júlia Paula, esta situação contribui, sobremaneira, para a insegurança na faina e para acidentes como o registado na última quarta feira, em que uma traineira naufragou com cinco pescadores a bordo, um dos quais morreu e dois estão desaparecidos.
"Aquela barra tem problemas gravíssimos. A barra é mãe [para os pescadores] porque dá o pão, mas também é madrasta porque tira, muitas vezes, a vida", acrescentou.
Júlia Paula Costa disse que já está pronto um estudo para o desassoreamento da barra de Caminha, que foi elaborado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e que custou dois milhões de euros.
"Agora, impõe-se urgentemente avançar para os projetos de execução", apelou.
Lembrou ainda que há anos foi gasto "um balúrdio de dinheiro" na abertura de um canal no rio Minho para permitir o acesso dos pescadores ao cais, mas sublinhou que a falta de manutenção acabou por anular essa obra.
"Lamento profundamente que essa obra se tenha perdido por falta de manutenção", referiu.
Os autarcas portugueses e espanhóis do Vale do Minho já escreveram aos ministros do Ambiente de ambos os países, pedindo que a questão do desassoreamento do rio Minho faça parte da agenda da próxima Cimeira Ibérica.
"Entretanto, defendo que os dois governantes se devem sentar urgentemente à mesa para tentar perceber até que ponto, com fundos comunitários que ainda existem, se pode executar o desassoreamento", disse ainda Júlia Paula.
"Não é possível virar as costas a este problema e esperar que o tempo faça o resto. Não faz, cada vez piora mais. Lamento profundamente que ninguém olhe", rematou.

FONTE : Lusa

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