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Caminha

Câmara de Caminha pede acerto de dragagens no rio Minho na cimeira ibérica

7 Maio, 2013 - 14:34

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A Câmara de Caminha apelou hoje aos governos de Portugal e Espanha que acertem na próxima cimeira ibérica a realização de dragagens no rio Minho, onde o assoreamento está a condicionar a operação do ‘ferryboat’.

A Câmara de Caminha apelou hoje aos governos de Portugal e Espanha que acertem na próxima cimeira ibérica a realização de dragagens no rio Minho, onde o assoreamento está a condicionar a operação do ‘ferryboat’.

Segundo o vice-presidente da Câmara de Caminha, Flamiano Martins, as operações de dragagens são responsabilidade do Governo espanhol, mas desde 2011 que não se realizam, pelo que o assoreamento do rio Minho “impede” a saída de Caminha do ‘ferryboat’ que liga à localidade galega de La Guardia, no período da baixa-mar.

O autarca português acrescenta que a Capitania do porto local tem estado “em contacto” com as autoridades marítimas nacionais, alertando sobre a dificuldade da navegabilidade atual, tema que, acrescentou, “poderá” ser discutido na cimeira entre os governos de Portugal e de Espanha, a realizar a 13 de maio em Madrid.

“Estamos a tentar que seja um assunto da agenda da cimeira ibérica. É necessário mantermos esta ligação [‘ferryboat’]”, admitiu Flamiano Martins.

A “preocupação” com a situação atual do canal de navegação entre as duas localidades foi partilhada hoje pelo autarca de La Guardia, que assumiu não ter encontrado “qualquer resposta válida” nas autoridades galegas e espanholas para o atraso nestas dragagens.

“Sempre disse que mais cedo ou mais tarde teríamos problemas. Pois, o problema já o temos em cima da mesa”, disse o galego José Manuel Freitas, questionado pela Lusa.

Estas posições foram transmitidas durante uma ação de promoção do projeto comum das duas autarquias “O Minho que nos une”, que defende precisamente a navegabilidade do rio Minho, não só entre Caminha e La Guardia, como também ao longo do curso internacional, para potenciar várias atividades económicas na região.

“As autoridades de um e do outro lado têm que fazer o necessário para que esta ligação continue no tempo. O Minho que nos une não pode ser o Minho que nos separa”, apontou o autarca José Manuel Freitas. Sublinhou ainda a “forte aposta” que La Guardia tem feito na promoção do Caminho Português de Santiago pela costa, que utiliza precisamente o ‘ferryboat’.

A última dragagem do canal de navegação foi realizada há pouco mais de um ano, depois de o forte assoreamento que em 2011 chegou a impedir a navegação.

As operações de dragagem deveriam ser regulares e na baixa-mar as condições do canal condicionam, de novo, as ligações regulares entre as duas margens do rio Minho.

Devido ao assoreamento da foz, o ‘ferryboat’ Santa Rita de Cássia, operado pela Câmara de Caminha, sofreu em 2011 uma avaria e esteve parado cerca de dois meses.

As ligações foram retomadas a 14 de dezembro de 2011, já depois de dragado o canal de navegação entre La Guardia a Caminha, com a retirada de 28 mil metros cúbicos de areia, segundo a autorização emitida pela Direção-Geral de Costas e Mar de Espanha.

Do lado português, a Câmara chegou a admitir suspender esta ligação fluvial internacional por falta de condições, devido ao assoreamento.

Segundo aquela autarquia, a última resolução assinada por entidades competentes dos dois países, em 2009, atribui a responsabilidade das dragagens a Espanha e ainda está em vigor, após vários anos em que a operação esteve a cargo do município de Caminha.

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