A Câmara de Valença reduziu em 2,2 milhões de euros a dívida de curto prazo, que ficou em 2011 nos 4,3 milhões de euros, divulga o relatório de execução hoje disponibilizado pelo município.
Segundo o documento, a dívida de curto prazo a fornecedores chegava, em 2009, aos sete milhões de euros, tendo sido reduzida, no ano seguinte, em 500 mil euros.
As contas de 2011 fecharam com uma dívida de 4,3 milhões de euros, a que se somam os 5,8 milhões de euros da dívida de médio e longo prazo, esta última “inalterada” desde o início do mandato, diz o executivo liderado por Jorge Mendes.
“Estamos a falar de uma redução de mais de 40 por cento da dívida que existia no início do mandato, apenas possível através de um grande esforço de contenção e poupança, como se exige face à situação atual”, explicou hoje à Lusa o autarca social-democrata.
Além disso, acrescenta Jorge Mendes, a Câmara “não contraiu qualquer novo empréstimo” desde 2010 e pela primeira vez apresentou resultados de exploração positivos. Em 2009, esse saldo era negativo em dois milhões de euros e, no ano seguinte, reduziu-se para 1,1 milhões de euros.
A Câmara de Valença apresentou pela primeira vez um saldo positivo da exploração, relativo a 2011, de cerca de 850 mil euros.
“Mas tínhamos, por exemplo, dívidas de contenciosos por resolver desde 2001, desde empreitadas à gestão dos lixos, que foram entretanto negociadas, mas sobre as quais estamos a pagar juros”, recorda o autarca.
Segundo Jorge Mendes, só a redução dos custos de funcionamento permitiram ao município poupar quase 900 mil euros em dois anos. “Tem sido um esforço muito grande, no sentido de gastar o que temos, da melhor forma, tentando simultaneamente poupar”, disse ainda.
O relatório de execução orçamental de 2011 foi aprovado nos últimos dias pelo executivo e pela Assembleia Municipal.
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