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Viana do Castelo

Câmara admite que défice poderá chegar aos 6 ME mesmo com venda de terrenos

29 Novembro, 2011 - 12:10

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Os acionistas da VianaPolis deverão ser chamados a cobrir um défice de cerca de seis milhões de euros aquando do encerramento da atividade daquela sociedade, previsto para 31 de dezembro de 2012.

Os acionistas da VianaPolis deverão ser chamados a cobrir um défice de cerca de seis milhões de euros aquando do encerramento da atividade daquela sociedade, previsto para 31 de dezembro de 2012.

Os números foram revelados pelo presidente da câmara de Viana do Castelo, entidade que detém 40 por cento do capital social da VianaPolis, depois de conhecidos os alertas do Tribunal de Contas (TC) sobre a necessidade de injeção de recursos financeiros naquela sociedade.

"São dúvidas plausíveis", comentou o autarca socialista José Maria Costa.

Uma auditoria do TC identificou "alguns riscos para a atividade" e para "o futuro da VianaPolis", nomeadamente "os resultantes da impossibilidade de alienação de lotes de terreno localizados no parque da cidade", além das frações autónomas sobrantes e da "previsão de aumento dos custos das expropriações do parque urbano e da cidade".

Com o negócio do parque da cidade, a VianaPolis espera arrecadar entre nove a onze milhões de euros, relativamente a 26 lotes de terreno, os mesmos que, há cinco anos, foram colocados em hasta pública por 21,6 milhões de euros.

Até hoje, apesar das duas tentativas de venda, não apareceu nenhum interessado no negócio.

José Maria Costa justifica esta redução no valor dos terrenos, decidida pela Direção-Geral de Tesouro e Finanças, com a situação económica atual e a "perspetiva muito generosa na época".

É que se a venda tivesse sido concretizada pelo valor inicialmente previsto "seria suficiente para cobrir todas as despesas" da VianaPolis, admite.

Em contrapartida, no cenário atual, se a venda for concretizada já na quarta-feira, em leilão, os acionistas serão chamados a cobrir, mesmo assim, um défice "entre os cinco a seis milhões de euros", reconheceu o autarca.

"Aquilo que está a ser colocado agora à venda não é suficiente para suprir os encargos financeiros. Naturalmente que vai haver um encargo adicional, do Estado e do município. É evidente que se conseguirmos vender melhor, esse défice será menor", sublinhou.

Neste cenário, à autarquia caberia cobrir cerca de 2,4 milhões de euros e os restantes 3,6 milhões de euros ao Estado.

O restante capital social da VianaPolis (60 por cento) é detido pelos ministérios do Ambiente e das Finanças, tendo aquela sociedade uma dívida à banca de 19 milhões de euros.

Na quarta-feira a VianaPolis vai começar a vender a retalho os lotes de terreno no Parque da Cidade, por unidades de dois a três lotes de terreno, com um preço base de 1,1 a 1,5 milhões de euros e lances mínimos de dez mil euros.

"Ponho todos os cenários em cima da mesa. Se não aparecerem compradores, os lotes vão continuar à venda [depois do dia 30], porque o objeto da VianaPolis não é construir e precisa de colocar os seus ativos para consolidar as contas", explicou o autarca.

São 63 mil metros quadrados de terrenos numa área junto ao rio Lima que até poderá receber um pequeno ancoradouro para embarcações de recreio.

A sociedade VianaPolis mantém-se em funções com o objeto único de demolir os 13 andares do Edifício Jardim, ato que continua a esbarrar nos processos judiciais movidos pelos moradores.

FONTE: LUSA

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