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Caminha

Câmara admite proposta do rio Minho a património da UNESCO

10 Maio, 2013 - 11:22

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A Câmara de Caminha admitiu hoje a possibilidade de uma candidatura do rio Minho a Património Mundial da Humanidade da UNESCO, no âmbito do projeto para tornar aquele curso internacional novamente navegável.

A Câmara de Caminha admitiu hoje a possibilidade de uma candidatura do rio Minho a Património Mundial da Humanidade da UNESCO, no âmbito do projeto para tornar aquele curso internacional novamente navegável.

“Estou certo que esta candidatura faz sentido porque o rio Minho tem beleza natural e biodiversidade para merecer a classificação da UNESCO. Além disso, esta é uma forma de garantir a proteção do rio em termos ambientais e de beleza natural”, afirmou hoje o vice-presidente da Câmara de Caminha.

Segundo Flamiano Martins, esta candidatura, a avançar, em moldes ainda não revelados, teria “outras vantagens”, juntamente com a navegabilidade, como a “atração turística”, através de um modelo semelhante ao do Douro.

“Hoje a classificação da UNESCO é um fator de desenvolvimento e de atração turística dos territórios”, sustentou Flamiano Martins.

Trata-se de um desafio lançado pelo autarca na abertura do seminário em que especialistas espanhóis e portugueses vão debater, durante todo o dia, em Caminha e na localidade galega de La Guardia, a navegabilidade do rio Minho ao longo do troço internacional.

“O projeto de classificação deverá levar alguns anos. A correr com normalidade podem ser seis anos, mas o Minho merece. O sul da Galiza e o Alto Minho merecem”, disse ainda Flamiano Martins.

Depois de uma reunião de trabalho realizada em janeiro, em Caminha, envolvendo todos os autarcas do vale do rio Minho, português e espanhol, o projeto “Minho que nos une” desenvolve-se hoje com este seminário, que decorre em paralelo nas duas localidades vizinhas.

Esta semana, na apresentação do evento, os autarcas de Caminha e La Guardia, promotores da iniciativa, defenderam a necessidade de “chamar” a população ao projeto de tornar o rio Minho navegável, o qual já tem a concordância dos autarcas locais, do Alto Minho e da Galiza.

“Queremos aproveitar a potencialidade que o rio Minho tem, em termos turísticos, culturais, patrimoniais e económicos, apresentando um projeto dinamizador e potenciador, que envolva também as pessoas”, explicou José Manuel Freitas, alcaide de La Guardia.

O objetivo do seminário de hoje passa por estabelecer “conclusões” sobre a melhor forma de transformar o projeto de navegabilidade numa candidatura a fundos do próximo quadro comunitário de apoio, a vigorar entre 2014 e 2020.

Os autarcas locais acreditam ser possível promover a navegabilidade do rio Minho, entre a foz, em Caminha, e pelo menos Valença, potenciando, nomeadamente, a realização de cruzeiros turísticos num processo idêntico ao iniciado há vários anos no rio Douro.

Com a navegabilidade no Minho, os municípios pretendem fomentar a exploração do rio e das suas margens, transformando-o num polo de atração turística e “uma fonte de riqueza para a região”.

Do lado português, o rio Minho atravessa ainda os concelhos de Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço.

O Minho é um rio internacional que nasce a 750 metros de altitude, na Serra da Meira, na Galiza, Espanha. Percorre 300 quilómetros até à foz, dos quais 75 como fronteira natural entre Portugal e Espanha.

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