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Viana do Castelo

Câmara admite pedir novamente classificação de convento século XIV

9 Janeiro, 2013 - 15:34

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A Câmara de Viana do Castelo admitiu hoje avançar com um novo pedido de classificação do Convento de São Francisco do Monte, datado do século XIV e totalmente degradado, após arquivamento do processo aberto em 2002.

A Câmara de Viana do Castelo admitiu hoje avançar com um novo pedido de classificação do Convento de São Francisco do Monte, datado do século XIV e totalmente degradado, após arquivamento do processo aberto em 2002.

“Vamos avaliar a situação e se o IPVC [Instituto Politécnico de Viana do Castelo, proprietário do imóvel] assim o entender promoveremos em conjunto um novo pedido para a classificação, porque é do nosso interesse manter alguma memória deste património tão importante para Viana do Castelo”, afirmou o presidente da autarquia, José Maria Costa.

A Direção-Geral do Património Cultural decidiu arquivar o processo de classificação daquele convento, já que o imóvel “não reúne as condições necessárias a uma distinção de âmbito nacional”.

“É um convento que faz parte do nosso património coletivo, mas também sabemos que está em muito más condições há vários anos”, admitiu ainda José Maria Costa.

Na encosta do Monte de Santa Luzia, o Convento de São Francisco foi fundado em finais do século XIV, sendo o terceiro da Ordem Franciscana em Portugal.

Em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas, o convento foi comprado em hasta pública pelo Visconde de Carreira, que constituiu no espaço da cerca uma exploração agrícola. A partir da década de 60 do século XX, o espaço conventual entrou em progressivo estado de degradação e em 1987 o seu último proprietário, Rui Feijó, doou-o à Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo.

Em 2001, aquela instituição vendeu-o por 250 mil euros ao Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), que chegou a equacionar a sua transformação num centro académico e de retiro para pessoas em fase final de doutoramento. Previa, nomeadamente, a construção de alguns espaços de alojamento, mas o projeto, que segundo a instituição continua em cima da mesa, nunca avançou por falta de financiamento.

Entretanto, com o passar do tempo, o estado de degradação do convento agrava-se, tendo o IPVC colocado no local um cartaz avisando que “por motivos de segurança é proibida a entrada de pessoas” naquele recinto e que “não se responsabiliza por qualquer acidente que possa ocorrer”.

Algumas das imagens do convento foram entretanto vandalizadas, enquanto outras simplesmente roubadas, por entre marcas de destruição.

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