PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Alto Minho

Brasileiros querem subconcessão dos estaleiros de Viana mantendo construção naval

29 Abril, 2013 - 10:55

208

0

O presidente do grupo brasileiro Rio Nave anunciou hoje à Lusa a intenção daqueles estaleiros brasileiros concorrerem à subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos estaleiros de Viana, mantendo a atividade de construção naval e postos de trabalho.

O presidente do grupo brasileiro Rio Nave anunciou hoje à Lusa a intenção daqueles estaleiros brasileiros concorrerem à subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos estaleiros de Viana, mantendo a atividade de construção naval e postos de trabalho.

Questionado pela agência Lusa, Mauro Campos confirmou o interesse daquele grupo – um dos dois que foi selecionado em novembro para a última fase do processo de reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) – em avançar para o novo modelo previsto pelo Governo português.

“No entanto, a manifestação concreta e objetiva só se poderá dar a partir da promulgação dos atos oficiais e do conhecimento dos condicionantes desejados pelo Governo”, precisou o presidente da Rio Nave.

Mauro Campos acrescentou que o objetivo do grupo brasileiro continua a ser a construção naval, em Viana, apesar de essa condicionante, como já admitiu o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, não poder ser imposta no caderno de encargos do concurso para a subconcessão dos atuais terrenos e infraestruturas, dada a investigação da Comissão Europeia às ajudas estatais aos ENVC.

“Por certo o nosso objetivo é da manutenção da atividade de construção e reparação naval”, sublinhou Mauro Campos.

Reconheceu ainda que a mão-de-obra dos estaleiros de Viana “é reconhecidamente de grande valia”, garantindo que o número de trabalhadores a manter, na proposta a apresentar, “estará conetado ao escopo do projeto a ser desenhado, adaptado às condições a serem satisfeitas” no âmbito do concurso.

“A manutenção dos trabalhadores empregados no ENVC fazia parte de nossa proposta anterior e, por certo, será contemplada em nova formulação que vier a emergir das condições estabelecidas pelo Governo”, garantiu.

O responsável do grupo brasileiro reafirma o objetivo de desenvolver em Viana do Castelo “a atividade de construção e reparação naval”, para “complementar a carteira de obras” do seu estaleiro no Brasil, procurando “a reinserção do ENVC, no mercado mundial de construção naval”.

Além da Rio Nave, outros dois grupos portugueses, AMAL e Martifer, já admitiram à Lusa estudar o caderno de encargos da subconcessão a lançar pelo Governo para aqueles terrenos e infraestruturas.

Igualmente contactada pela Lusa, fonte do grupo russo RSI Trading – o único que ainda estava na corrida à reprivatização dos estaleiros entretanto cancelado -, remeteu uma decisão sobre se entra neste novo processo proposto pelo Governo português para “depois de conhecer em detalhe o modelo de subconcessão”.

Uma resolução do Conselho de Ministros publicada a 24 de abril indica que o Governo está a estudar alternativas ao encerramento do processo de reprivatização que permitam “potenciar” a utilização dos terrenos e infraestruturas.

No documento, que oficializa a conclusão do processo de reprivatização dos ENVC, devido à investigação de Bruxelas aos apoios estatais atribuídos de 181 milhões de euros entre 2006 e 2011, o Governo sublinha que, “não obstante” este desfecho, está a “promover alternativas que permitam potenciar a utilização dos terrenos concessionados” à empresa, “bem como o conjunto das infraestruturas afetas”.

Últimas