Acaba de ser nomeada uma Comissão de Gestão para os Bombeiros Voluntários de Monção. Reunida pela quarta-vez desde que em Fevereiro se instalou a crise diretiva na instituição, a Assembleia-Geral nomeou, esta sexta-feira à noite, nove associados para assumirem as rédeas da corporação até ao final deste mês de Maio.
Se até esse prazo continuar o impasse e não surgir nenhuma lista para a direção, o presidente da Assembleia-Geral, António Fontaínhas, comprometeu-se a apresentar uma lista, da qual já anunciou que não fará parte.
Algumas vozes insurgiram-se contra o fato de a Câmara Municipal de Monção não estar representada nesta assembleia-geral. António Fontaínhas lamenta esta situação, em que o executivo “parece estar de costas voltadas para com a instituição”.
Não obstante, com cerca de mil associados com as cotas em dia, esta assembleia-geral registou uma participação muito reduzida. António Fontaínhas realça que “os associados só se lembram dos bombeiros quando precisam”.
Recorde-se que a 21 de Fevereiro, a direção da coporação monçanense apresentou a demissão, um mês depois de vencer as eleições e alegando a situação financeira herdada da gestão anterior, que afirmou desconhecer.
Uma assembleia-geral eletiva chegou a ser marcada para 20 de Março, mas acabou por não se concretizar devido à falta de listas candidatas, o mesmo acontecendo com as duas seguintes.
Em causa estão cerca de 280 mil euros de dívidas, tendo sido entretando possível reduzir o passivo em 50 mil euros.
Na quarta assembleia-geral, esta sexta-feira à noite, foi nomeada uma Comissão de Gestão constituída por nove elementos que ficará em funções até final do mês de Maio. Se entretanto surgir uma lista para a direção, o presidente da assembleia-geral convova de imediato o ato eleitoral, caso contrário compremeteu-se a elaborar uma lista, em Junho, da qual exclui qualquer intenção de liderar.
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