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Monção

Bombeiros sem direção temem fecho face a dívidas que já só permitem abastecer a crédito

14 Abril, 2012 - 10:59

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Os bombeiros de Monção convocaram para 05 de maio uma assembleia-geral que, se voltar a terminar sem uma solução de direção, pode até levar ao fim da corporação, face às dívidas de 200 mil euros.

Os bombeiros de Monção convocaram para 05 de maio uma assembleia-geral que, se voltar a terminar sem uma solução de direção, pode até levar ao fim da corporação, face às dívidas de 200 mil euros.

A situação “preocupante” foi admitida à Agência Lusa pelo comandante da corporação, José Passos, face à demissão apresentada pela direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção.

Nesta altura, dos 200 mil euros em dívidas a fornecedores, cerca de 60 mil euros são relativos ao abastecimento de combustíveis da corporação, que nesta altura já é feito apenas a crédito.

“Quando as pessoas assim não o entenderem [abastecer a crédito], entramos em rotura”, admitiu José Passos, lembrando, ainda, que só os hospitais devem mais de 100 mil euros à corporação, referentes a transportes de doentes.

Todos os meses, a fatura com combustíveis chega aos 7.000 euros mas, na época de fogos florestais, dispara para quase 12.000 euros. A curto prazo, admite José Passos, a corporação vai ter mesmo que começar a fazer opções, entre o socorro e combate a fogos florestais.

“Caso não se tomem medidas, os fornecedores com dívidas maiores poderão querer receber a curto prazo e nós não temos fundo de maneio. Podemos ficar sem alternativas”, acrescentou o comandante.

A 21 de fevereiro, a atual direção da associação humanitária apresentou a demissão, um mês depois de vencer as eleições e alegando a situação financeira herdada da gestão anterior e que afirmaram desconhecer.

Uma assembleia-geral eletiva chegou a ser marcada para 20 de março, mas acabou por não se concretizar devido à falta de listas candidatas. A próxima está marcada para 05 de maio e, entretanto, com a época de fogos florestais à porta, a apreensão com o futuro já tomou conta dos bombeiros.

“Temos 21 pessoas cá a trabalhar, são 21 famílias. Estamos cá para servir, mas também temos a parte social inerente ao nosso serviço”, sublinhou José Passos, que nesta altura admite que, embora sem salários em atraso, todo o planeamento está a ser feito sem certezas de futuro.

José Passos disse ainda sentir-se “muito preocupado”: “Não vejo as pessoas responsáveis a darem uma palavra, apesar dos nossos alertas, ou sequer a tentarem amenizar a situação”, rematou.

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