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Monção

BE questiona Governo sobre problemas de gestão na constituição do mega-agrupamento escolar

31 Janeiro, 2013 - 09:29

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Em declarações à RVM, a coordenadora do BE destaca problemas “graves”: por um lado para as crianças que estão muitas horas fora de casa e algumas perderam a educadora que já conheciam; por outro, para os professores “que perdem mais tempo na estrada do que a dar aulas”.

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) acaba de questionar o Governo, através do Ministério da Educação e Ciência, sobre os problemas de gestão subjacentes à constituição do Mega-agrupamento de Monção.

No documento, assinado pelos deputados Catarina Martins e Luís Fazenda, pretende-se explicações quanto à colocação discricionária de docentes num Mega-agrupamento com escolas até 30 kms de distância da sede do concelho, e ainda se a tutela tem conhecimento da situação de exclusão económica de participação nas associações de pais na estrutura, e que medidas estão a ser tomadas para garantir que não seja negada a participação de encarregados de educação de Monção nos diversos órgãos da comunidade escolar.

Em declarações à RVM, a coordenadora do BE destaca problemas “graves”: por um lado para as crianças que estão muitas horas fora de casa e algumas perderam a educadora que já conheciam; por outro, para os professores “que perdem mais tempo na estrada do que a dar aulas”.

Catarina Martins não tem dúvidas de que esta situação constitui-se como um “ataque aos direitos normais e um prejuízo do desenrolar das aulas”.

Ao longo da exposição de ideias, os bloquistas reiteram que a constituição dos mega-agrupamentos escolares criou “diversas dificuldades de transição e gestão das escolas tanto a nível nacional como local”.

Em Dezembro passado, a coordenadora do BE esteve em Monção num encontro organizado por pais, e auscultou algumas críticas relacionadas com a alegada exclusão de pais da participação democrática nas associações que os representam devido à imposição de jóias e quotas proibitivas que chegam aos 75 euros.

A coordenadora do BE denuncia um caso de exclusão económica, “absolutamente ilegítimo, que coloca em perigo o sucesso escolar dos alunos das escolas de Monção”.

O facto de poder existir pais em que lhes está a ser negada a participação no processo é, para Catarina Martins, uma situação “completamente inaceitável” .

Os bloquistas acusam o Governo de não medir as “sérias e fundadas dúvidas de exequibilidade” a muitos encarregados de educação que, juntamente com docentes e estudantes das diferentes escolas, tomaram posições públicas “de forte crítica e sonoros avisos” aos problemas de gestão que a concentração iria criar.

O BE não tem dúvidas de que se instalou “um clima de enorme crispação nas escolas, nomeadamente nas associações de pais”, provocado pela criação de mega-agrupamentos.

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