PUB
“Este é o período mais negro de quem está a dirigir qualquer parcela de território em qualquer ponto do mundo”. As palavras são do presidente da Câmara de Melgaço. Pela primeira vez em declarações à Rádio Vale do Minho após o rebentamento da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), Manoel Batista lembrou que “nos últimos 100 anos ninguém tinha vivido uma situação destas. Tocou-nos a nós”.
Em Melgaço, à semelhança do resto do país, a pandemia que se abateu sobre o mundo já roubou vários momentos e eventos. Muitos deles de elevada importância para a economia local, como é o caso da edição deste ano da Festa do Alvarinho e do Fumeiro. Foi cancelada.
“Roubou muita coisa e tirou-nos muita da energia e pujança económica que estávamos a construír no país. Mas temos de encarar as coisas com um olhar positivo. Ter a noção de que, depois disto, vamos ser capazes de nos reerguer”, referiu. “Vamos ser capazes de retomar as nossas economias e colocar os nossos territórios novamente a funcionar e a serem criadores de riqueza”.
Paredes meias com a Galiza, o concelho de Melgaço faz fronteira com a localidade galega de Arbo. O edil melgacense não esconde a preocupação devido à progressão do COVID-19 não só entre os galegos como em toda a Espanha. “Apresento a minha solidariedade com o povo galego. É o nosso povo irmão vizinho. Oxalá eles consigam reverter esta situação o mais depressa possível”.
Mas Manoel Batista não poupa elogios ao povo português que continua a mostrar que é “campeão”. “Não foi apenas em 2016. Somos capazes de ser campeões em qualquer momento! O povo português sabe dar a volta a qualquer situação com garra, com eficácia e tenacidade”, assegurou Batista.
[Fotografia: Município de Melgaço]
Comentários: 0
0
0