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Melgaço

Batista continua a fazer crescer – Hoje levou Melgaço… acima das nuvens!

31 Julho, 2020 - 16:52

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PUB Manoel Batista Pombal. A História irá certamente recordar este nome por vários motivos. Esta sexta-feira somou-se outro: o primeiro melgacense a sobrevoar o concelho num balão de ar quente. […]

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Manoel Batista Pombal. A História irá certamente recordar este nome por vários motivos. Esta sexta-feira somou-se outro: o primeiro melgacense a sobrevoar o concelho num balão de ar quente. Tratou-se do voo inaugural de uma iniciativa do Município em colaboração com a empresa Globos Boreal, no sentido de implementar naquele concelho este tipo de viagens.

O dia amanheceu cinzento, bastante nublado e até com chuva miudinha à mistura. No relvado do Centro de Estágios de Melgaço, os jornalistas convidados para acompanhar o autarca nesta viagem mostravam-se preocupados sobre as condições atmosféricas. “Logo hoje!”, lamentava-se no grupo.

A sorte acabou por ajudar. Algumas abertas lá ao longe. O ar quente começou a encher o enorme balão que em poucos minutos começou a agigantar-se. Tanto que as bancadas do estádio passaram a parecer pequenas, perante a imponência daquele globo.

Pouco passava das 8h00 quando o exímio piloto convidou os 10 inscritos na viagem a embarcar. Um a um, entraram para o cesto. E nós também. 

Conforme a Rádio Vale do Minho tinha já dado conta, os balões de ar quente são legalmente considerados aeronaves. Obedecem às normas da aviação civil. “Estão todos a usar máscara de proteção individual?”, perguntou o piloto. Resposta afirmativa.

Seguiu-se um breve briefing sobre o voo e sobre a posição correta a adotar no momento da aterragem.

 

Um beijo ao rio Minho

 

Finalmente a voar. Muito calmamente e sem dar nas vistas, o balão começou a levitar… a subir. Por breves segundos, os ocupantes ficaram mudos ao observar o mundo numa perspetiva pouco habitual. “Estamos a 100 metros de altura”, disseram.

Não há leme. Os balões de ar quente funcionam com o vento e era o momento de o piloto procurar a melhor corrente. Não demorou muito. E o balão subia. Os jornalistas tiravam fotos. Filmavam. Faziam diretos nas redes sociais. Por certo na cabeça de todos o desejo de um momento que durasse para sempre. E o balão subia. 

Subitamente desceu. O rio Minho estava lá em baixo a correr com águas calmas. E o balão desceu ainda mais… mais. Numa manobra de incrível perícia, o piloto conseguiu estabilizar o balão a escassos centímetros das águas como que colocando o cesto a beijar o curso que separa os dois países ibéricos. “Aqui até se faz rafting com um balão de ar quente”, gracejou o presidente da Câmara. Gargalhada geral.

 

Borboletas na barriga e… um mundo de algodão

 

Nova subida. Desta vez quase a pique. Névoa total. O sentimento era de ascensão mas não era possível ver um palmo à frente do cesto. “800 metros” disse o piloto. Sensação de borboletas na barriga para alguns, mas um encanto enorme. “Espetacular! Isto é espetacular!”, ouvia-se.

De repente, como que num passe de mágica… o sol. Um cenário avassalador tomou conta de tudo e de todos. Uma massa branca a perder de vista apenas interrompida pelo cume das montanhas do Município mais a norte de Portugal. “Foi o momento mais espetacular da viagem”, ouviu-se de forma praticamente unânime.

 

Um autêntico Ás do balão

 

Descida para a reta final e a freguesia de Chaviães estava lá em baixo. Dezenas de populares paravam nas ruas e vinham à janela espantados com o insólito da situação. Afinal de contas, era a primeira vez que viam um balão de ar quente a passar tão próximo das suas casas. Ato contínuo, telemóveis lá em baixo a filmar… a fotografar… a registar um momento para a posteridade.

O piloto, sempre de uma concentração irrepreensível, procurava o local mais apropriado para pousar a aeronave. Não tardou até aparecer a eira ideal.

Os passageiros colocaram-se na posição de segurança ensinada para aquele momento. E o piloto, uma vez mais, voltou a dar show de bola. Uma aterragem suave, sem grandes solavancos. O inevitável aconteceu: todos os passageiros brindaram o homem do leme com um estrondoso aplauso.

 

“Foi extraordinário!”

 

A satisfação era geral. Para celebrar, um novo brinde… desta vez com espumante alvarinho de Melgaço. “Foi extraordinário! Foi uma experiência única! Quem acompanhou teve essa noção. Ver toda esta paisagem… descer e quase tocar o rio Minho… depois subir acima das nuvens… foi uma experiência mesmo única”, disse Manoel Batista visivelmente rendido.

Questionado sobre se é um serviço para ficar, o autarca mostrou-se muito otimista. “O Município espera que esta empresa tenha ficado com a ideia de que há condições para fazer este serviço por cá. Se isso acontecer, iremos imediatamente anunciar mais uma experiência que o território pode oferecer, captando assim mais gente com esta experiência radical… mas absolutamente deliciosa”, concluiu.

 

É o mais antigo veículo aéreo de toda a história

 

O balão de ar quente é o mais antigo veículo aéreo de toda a história da humanidade. O primeiro voo controlado num balão de ar quente foi realizado pelos franceses Jean-François Pilâtre de Rozier e François Laurent d’Arlandes, a 21 de Novembro de 1783, em Paris.

Como qualquer aeronave, os balões de ar quente podem voar para além da atmosfera. Atualmente, os balões de ar quente são fabricados em nylon ou politereftalato de etileno. Os cestos são frequentemente compostos por vime ou canas. Estes materiais têm provado ser, ao longo do tempo, resistentes o suficientes, leves, fortes e com uma duração sustentável de acordo com a esperança média de vida conforme o uso do próprio balão. Os cestos são muitas vezes retangulares ou triangulares.

Em Portugal, uma pessoa para tornar-se num piloto de balões de ar quente necessita de receber formação, teórica e prática, sobre diversos temas que envolvem o balonismo, como a meteorologia, radiotelefonia, conhecimentos sobre materiais, entre outros, de acordo com a Circular de Informação Aerónautica (CIA) n.º 15 de 2009.

Embora o curso de pilotagem possa ser tirado numa escola de aviação de aeronaves de motor, a primeira escola especialmente para pilotos de balões de ar quente em Portugal abriu portas apenas em 2012, no Alentejo.

 

Veja a galeria de fotos [créditos: Município de Melgaço]

 

 

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