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O presidente da Câmara de Melgaço mostra total desagrado perante a possibilidade das fronteiras entre Portugal e Espanha poderem vir novamente a encerrar.
Para Manoel Batista, avançar novo encerramento de fronteiras “será muito mau para os dois lados do rio Minho”. “Os municípios da raia irão sofrer imenso, novamente”, frisou o edil do concelho que está ligado ao município galego de Arbo.
O autarca, recorde-se, foi uma das vozes mais ativas no sentido da reabertura das fronteiras com a Galiza após o fecho acontecido em março.
Em maio, ainda com as passagens fechadas, Manoel Batista, disse ao Porto Canal que “claramente, o processo de encerramento da fronteira penaliza imenso o Município e os empresários que no município vão trabalhando e fazendo a economia girar”.
Em tom preocupado, o autarca melgacense esperava que a reabertura seja feita o quanto antes. “Desde o princípio penalizou muito aqueles que trabalham em Espanha sendo de Melgaço”, como os trabalhadores de concelhos vizinhos e, por isso, “todos anseiam que haja alguma mudança no paradigma e que a abertura da fronteira possa acontecer”.
Encerramento vai ser analisado esta sexta-feira
O encerramento das fronteiras entre Portugal e Espanha está novamente em cima da mesa. O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou esta terça-feira que tal será sempre uma decisão conjunta. Será analisada esta sexta-feira com a sua homóloga espanhola.
Sobre a necessidade de uma nova limitação à mobilidade entre os dois países, depois de as autoridades espanholas terem anunciado, na segunda-feira, 27.404 novos casos desde sexta-feira, Augusto Santos Silva sublinhou que as decisões recaem sobre os ministros da Administração Interna de Portugal e do Interior de Espanha e que o assunto será debatido nas próximas semanas.
A região do Alto Minho regista nesta altura com 198 casos ativos de COVID-19, de acordo com o relatório da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) ao qual a Rádio Vale do Minho teve acesso. Um aumento de 45 casos relativamente ao último relatório, emitido na passada sexta-feira.
O concelho mais afetado vai sendo Viana do Castelo que nesta altura apresenta 61 casos ativos (mais 10 em relação a sexta-feira).
[Fotografia: DR]
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