O presidente da Câmara de Monção desdramatizou esta terça-feira, em Assembleia Municipal realizada na freguesia de Tangil, uma alegada gralha em flyers promotores da Feira do Alvarinho distribuídos pelos vários concelhos. O assunto foi levantado por José Adriano Monteiro Alves, deputado pelo PS, que alertou para “Melgaço colocado em território espanhol e o Parque Nacional da Peneda-Gerês no concelho de Monção”. “O Sr. Presidente é o primeiro responsável por tudo o que acontece no Município. Isto não correu bem nem caiu bem aos nossos vizinhos de Melgaço e ainda bem que logo a seguir o mapa foi corrigido”, finalizou.
Na resposta a Monteiro Alves, o presidente da Câmara de Monção começou logo por recordar que – na primeira versão – “o concelho de Melgaço não está em Espanha. O pontinho está dentro do mapa. Dado que se tratava de um mapa caricaturado, o nome do concelho não coube dentro e ficou de fora”. Mas António Barbosa não se ficou por aqui e foi ainda mais cirúrgico na explicação dada. Recuou no tempo e contou que no sábado, dia 9 de junho, recebeu um telefonema do presidente da Câmara de Melgaço alertando-o de que havia já vários munícipes a sentirem-se incomodados. “Apesar de estarmos a falar de dois municípios com cores políticas diferentes, há uma relação de proximidade e de empatia porque o que a nós nos importa é o nosso território”, sublinhou o edil de Monção.
Os poucos flyers que ainda restavam foram retirados de circulação. Foram impressos mais 20 mil. “Até deu jeito! Houve uma alteração num produtor na Feira. Fizemos a alteração de um dos stands e colocámos no novo mapa a indicação do posto médico que estava a faltar”, continuou António Barbosa. “Não me caiu nenhum braço nem nenhuma perna pelo facto de ter de alterar o mapa, depois de verificar o que se tinha passado. O pontinho estava dentro… o nome não cabia… mas, para o bem e para o mal, a responsabilidade é minha. Sempre. Quando essas coisas acontecem, é o presidente da Câmara que deve assacar responsabilidades. Foi corrigido”, finalizou Barbosa.
Compare as duas versões:
Versão 1 com alegada gralha Versão 2, já com a identificação de Melgaço em território nacional
Tem que voltar para as mesas da Primária, o senhor Barbosa. É certo que o nível escolar atual deixa a desejar, já não se ensina a geografia como nos antigos tempos. Pois que metade dos alunos do 9º ano não são capazes de situar Portugal no mapa europeu…