Elisabete Domingues é a candidata pelo PSD à presidência da Câmara Municipal de Valença nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro.
Em entrevista à Rádio Vale do Minho, a candidata quer que “Valença volte a ser a terra da qual todos nos orgulhamos”.
Rádio Vale do Minho (RVM) – Qual ou quais as razões que a levam a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal?
Elisabete Domingues (ED) – Valença é a minha terra, é a minha casa. Faço a minha vida aqui e nutro um amor muito grande a este concelho.
Ao longo destes 16 anos de experiência autárquica tive a possibilidade de contribuir para melhorar alguns dos setores fundamentais da nossa sociedade, como é o caso da Educação, quando tive este pelouro em mãos e, agora, penso que estão reunidas as condições certas, com uma equipa muito preparada e competente para este desafio.
Sou candidata porque quero ter a oportunidade de dar ainda mais de mim a este concelho e contribuir para melhorar a qualidade de vida dos valencianos e valencianas, para continuarmos a crescer; para que esta cidade volte a ter vida, para que fixe população e para que se desenvolva de forma estruturada e capaz de tornar Valença num local atrativo para pessoas e empresas.
Quero que Valença seja sinónimo de orgulho e de dinâmica. Quero que tanto o comércio no interior das muralhas, como fora, tenha orgulho em ter uma porta aberta aqui, que o turismo e visitantes sejam constantes e nos tragam
retorno efetivo.
Nunca esquecer as instituições de solidariedade social, as coletividades, as freguesias e todos aqueles que contribuem para que este nosso concelho possa ser mais ativo, mais dinâmico e com mais atividades para todas as faixas etárias.
Queremos que Valença volte a ser a terra da qual todos nos orgulhamos.
RVM – Que balanço faz do anterior mandato?
ED – Enquanto oposição, ao longo destes quatro anos, trabalhamos na defesa de um concelho melhor para todos os valencianos.
Na defesa das associações, pugnamos por mais medidas de apoio aos nossos idosos e às nossas crianças. Defendemos mais atenção e cuidado para as nossas populações, face às suas necessidades.
Batalhamos por uma maior proximidade com as juntas de freguesia, para que fossem tidos em conta os seus problemas e para que se encontrassem soluções rapidamente. Acima de tudo, defendemos uma maior transparência e verdade para com a nossa população.
RVM – Que medidas propõe ao nível da habitação?
ED – A habitação não é um problema exclusivo de Valença. Todos sabemos que o país enfrenta uma grave crise de habitação, com falta de casas para a dimensão da procura e, consequentemente, os preços sobem.
No entanto, a nossa preocupação centra-se em criar respostas para a nossa população e se queremos fixar pessoas no nosso território temos que naturalmente criar estratégias para combater a falta de casas e os preços elevados. A nossa proposta é, por isso, a construção a custos controlados, para arrendamento acessível.
Só com esta medida vamos colocar mais casas no mercado e responder à elevada procura. Sabemos que não é uma solução definitiva, mas, no imediato, oferece resultados e ajudamos as pessoas.
Queremos apostar fortemente no programa Primeiro Direito e no Construir Portugal, direcionados para a requalificação de habitações para a câmara e também para os particulares.
Também temos que, naturalmente, garantir que as medidas do Estado português nesta matéria tenham o seu efeito positivo no nosso concelho.
RVM – Que propostas tem para o comércio tradicional?
AC – Temos a sorte de ter um comércio de elevada qualidade em Valença. Quem cá vem sabe o que vai encontrar e não é à toa que há muitas pessoas que vêm até Valença propositadamente para fazer compras.
Mas podemos ir muito mais longe e ajudar o comércio em época baixa, uma fase habitualmente difícil para todos, quer seja dentro das muralhas, quer seja fora.
Apostar na criação de mais opções de estacionamento; promover medidas que facilitem a circulação de pessoas entre a muralha e o exterior, na zona comercial da cidade; desenvolver atividades que promovam as várias áreas comerciais e criar eventos que consigam atrair pessoas ao nosso concelho em épocas mais críticas, são apenas algumas das medidas que podemos implementar rapidamente para combater a sazonalidade e potenciar o comércio tradicional e a restauração também.
RVM – Que projetos tem para a indústria?
ED – Valença tem que voltar a ser capaz de atrair empresas capazes de criar postos de trabalho qualificado, pois só desta forma poderá ambicionar ter capacidade para fixar jovens.
É imperativo que voltemos a atrair novos investidores e indústrias inovadoras para o nosso concelho.
Não nos podemos esquecer que possuímos uma zona industrial com possibilidade de expansão, que temos uma localização geográfica privilegiada e que, acima de tudo, temos trabalhadores muito competentes e com formação, fundamentais para a instalação de empresas. Pretendemos ainda, criar um Polo Tecnológico e de Serviços – “Valença Valley” e promover a digitalização do nosso comércio.
RVM – Que ideias tem para a saúde?
ED – A saúde é uma área muito delicada e, em Valença, houve quem fizesse promessas sem conseguir cumprir nesta matéria e, uma vez que este tema é tão importante para nós, temos que esclarecer aqui uma situação.
Não é possível abrir as urgências em Valença, pois elas integraram a rede nacional de urgências e só com alterações no país inteiro é que esse assunto poderia ser analisado.
No entanto, nós não queremos que a população de Valença continue sem respostas. Não pode ser e, por isso, sugerimos a implementação de Serviço de Saúde com Atendimento 24 horas em Valença, em cooperação com IPSS ou serviços privados de saúde, financiado pelo Município; O desenvolvimento de equipas de apoio na área da Saúde Mental; Implementação de um serviço de transporte a pedido – modalidade destinada a cidadãos em situação vulnerável, garantindo o acesso facilitado a unidades de saúde, farmácias e outros serviços essenciais; Criação de um protocolo com as farmácias para a recolha e entrega de medicamentos nas freguesias.
E ainda, sem esquecer os nossos animais e a sua saúde, defendemos a implementação um programa de esterilização de animais domésticos, contribuindo para o bem-estar animal, a saúde pública e a diminuição do abandono.
RVM – Que propostas tem para a cultura e desporto?
ED – No âmbito da cultura e desporto, defendemos a promoção de um cartaz cultural capaz de atrair visitantes ao longo do ano.
Queremos regulamentar o encerramento comercial em datas solenes e circulação do trânsito. Defendemos a valorização do património com recriações históricas realizadas com base na história do concelho e na verdadeira identidade valenciana, assim como a criação de um serviço de visitas guiadas ao património histórico do Município.
Vamos apoiar jovens carenciados com as mensalidades nos clubes e associações do concelho e reforçar o apoio às associações e clubes locais.
Queremos criar o Gabinete da Juventude de forma a dar mais apoio aos jovens, incentivo ao desenvolvimento de atividades desportivas de cariz regional, nacional e transfronteiriço capazes de atrair visitantes.
Vamos garantir a limpeza, manutenção e segurança dos trilhos existentes e criar e sinalizar novos percursos pedestres e de BTT.
Defendemos ainda a criação de um Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas e a criação de espaços verdes para a prática desportiva.
RVM – Que propostas tem para a educação?
ED – Trabalhei a área da Educação durante os anos em que exerci o cargo de vereadora da Câmara Municipal de Valença e é uma área que me toca. Conheço de perto os desafios e aquilo que precisa mesmo ser implementado, como por exemplo, o aumento do valor da bolsa de estudo universitária e do número de atribuições.
Vamos também criar de uma equipa multidisciplinar para os alunos de educação inclusiva com terapia ocupacional e terapia da fala e fisioterapia pediátrica para ajudar quem precisa e reduzir o número de viagens que muitos pais e encarregados de educação têm que fazer, para outros concelhos, para que as crianças tenham acesso a este tipo de apoio.
Reposição total do transporte para as visitas de estudo dos alunos, devidamente aprovadas pela Direção do Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho e ainda que o transporte escolar seja muito mais abrangente e que chegue a muitas mais crianças.
RVM – O Festival Contrasta foi um dos eventos novos do último mandato. Que balanço faz?
ED – A cultura é importante. A cultura deve fazer parte do nosso dia-a-dia, no entanto, no meu ponto de vista quando pensamos em implementar algo novo, devemos também ter em consideração o que já existe.
Valença tem associações que graças ao seu empenho, dedicação e com muito esforço, organizam grandes eventos, capazes de mobilizar largas centenas e, em certos casos, milhares de pessoas, e naturalmente precisam do apoio do
município, muitas vezes até para darem o salto para um patamar superior.
Ora, estas atividades atraem pessoas, trazem pessoas a Valença porque lhe reconhecem a qualidade. Temos que deixar de andar a reboque dos outros concelhos e das atividades que fazem. Lá porque corre bem no concelho A ou B, não quer dizer que vá correr bem no nosso.
É preciso criar uma estratégia de promoção das atividades culturais e desportivas mais organizada, mais agregadora, e conseguir chegar aos sítios certos para promover aquilo que de tão bom se faz na nossa terra.
RVM – Que mensagem deixa ao eleitorado?
ED – O dia 12 de outubro está a chegar. Pensem em como querem ver o concelho de Valença nos próximos quatro anos.
Temos uma equipa dinâmica, jovem, com experiência e muito competente. O PSD nestas eleições apresenta-se mais forte que nunca e temos projetos bem delineados para atuar muito rapidamente em várias frentes. Queremos promover uma maior proximidade entre o executivo da Câmara municipal e as Juntas de Freguesia.
Queremos olhar mais para os nossos idosos e para as nossas crianças. Queremos uma saúde com qualidade, queremos mais e melhor educação, mais investimento e capacidade tecnológica, um comércio revitalizado e mais dinâmico.
Mas, isto só é possível se no dia 12 de outubro contarmos com o vosso apoio, com o vosso voto de confiança no PSD.
Estou neste projeto de corpo e alma. Estou de coração, com entrega total e com a certeza que se tiver a oportunidade de ser presidente da Câmara Municipal de Valença, irei cuidar da nossa terra e retribuir tudo o que de bom ela nos deu até hoje.
Vamos fazer ainda mais. Vamos fazer ainda melhor, mas só com vosso apoio é que é possível.
Conto com todos vocês para votar no PSD, no próximo dia 12 de outubro. Sabem que podem contar comigo hoje, amanhã e sempre! Obrigada!
[N.R – A Rádio Vale do Minho enviou, via email, 10 questões a todos os candidatos à presidência da Câmara Municipal deste concelho nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro. São publicadas as respostas daqueles que aceitaram o nosso repto]
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