Autarcas do Vale do Minho e Baixo Minho galego tomam posição "manifestamente contra" fim das ligações ferroviárias entre Porto e Vigo

O presidente da Uniminho – Associação do Vale do Minho Transfronteiriço – classifica de "inaceitável" a interrupção da ligação ferroviária internacional à Galiza, anunciada pela CP. Rui Solheiro adianta que, tal como fizeram em 2005, aquando uma primeira tentativa de supressão desta ligação, também agora os autarcas dos dois lados da fronteira vão manifestar a sua oposição, através de contactos "imediatos" com a empresa e com o Governo.
O também autarca de Melgaço diz não compreender esta "insistência" da CP, por considerar estar em "contra-ciclo" com as lacunas existentes nesta região no que diz respeito a transportes públicos organizados. No entanto, Rui Solheiro garante que esta decisão não vai afectar o estudo que vai ser apresentado ainda durante este mês pelos autarcas da Uniminho, no sentido de implementar uma Rede de Transportes Transfronteiriça que sirva grande parte das 5 mil pessoas que, diariamente, passam a fronteira.
Rui Solheiro sublinha que o corte do transporte ferroviário a Vigo acarreta consequências "muito penalizadoras" para a economia do Vale do Minho. O presidente da Uniminho reiteraque as decisões não podem ser tomadas dentro de um gabinete sem conhecer a realidade que se baseia num aprofundamento das relações com a Galiza.
Os autarcas que integram a Uniminho – Associação do Vale do Minho Transfronteiriço-, tal como o fizeram em 2005, vão unir-se e "contrariar" a decisão da Cp em suprimir, a partir do próximo domingo, a ligação internacional Porto/Vigo.