Já não é uma reivindicação nova. Tendo como objetivo a consolidação da Eurocidade Valença/Tui, o presidente da Câmara de Valença continua a insistir na necessidade de um maior suporte político do lado do Estado português para os assuntos destes dois concelhos vizinhos.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Luís Campos Ferreira, reuniu, esta semana, com os autarcas de Valença e Tui, e tomou conhecimento de algumas “inquietações quanto às relações bilaterais”.
Jorge Mendes sublinha que este problema se tem arrastado, e “não abona na afirmação deste processo”.
O autarca denuncia falta de suporte político, solicitando uma “maior atenção” da administração central de Portugal para a importância da coordenação política na cooperação transfronteiriça.
Na prática, ao autarca valenciano explica que quando há iniciativas no seio da Eurocidade, sente-se como um “estado independente”.
Jorge Mendes realça que, do lado de Tui, as reuniões são participadas por responsáveis da Junta da Galiza e da Câmara local, e do lado de Valença, apenas o autarca e elementos da CCDR-N, cujas competências são mais ao nível técnico e não político.
Por isso, manifesta a importância da presença do Governo, de forma a fazer acelerar os processos em carteira.
O presidente da Câmara de Valença apela a um maior enquadramento institucional do Estado português nas questões da Eurocidade.
Para além do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Jorge Mendes também já fez chegar esta preocupação ao ministro Poiares Maduro.
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