O presidente da Câmara de Viana do Castelo admitiu hoje impedir a circulação de pesados pelo centro da cidade face ao alargamento da cobrança de portagens ao troço norte da A28.
"É uma medida que não descartamos, se verificarmos que, ao avançarem as portagens, o desvio de pesados pela cidade pode afetar a segurança e qualidade de vida das pessoas", admitiu o autarca José Maria Costa.
O troço da A28 entre Viana do Castelo e Porto já é portajado desde 15 de abril e, segundo fonte da empresa Estradas de Portugal (EP), contactada pela Lusa, a cobrança no troço norte, de Viana até Caminha, avançará depois de implementada a cobrança nas restantes SCUT do país.
A cidade de Viana do Castelo passará a ter portagens nas três saídas por autoestrada, casos da A28 (Porto e Caminha) e A27, até Ponte de Lima.
A Estrada Nacional (EN) 13, municipalizada em vários troços, é a única alternativa, ligando Valença, Viana do Castelo e Porto.
"Nos troços em que foi municipalizada, a antiga EN13 passa por diversos equipamentos escolares, pelo interior da cidade. Se esse desvio de trânsito de pesados colocar em causa a segurança, colocamos como cenário impedir a circulação de pesados", garantiu o autarca socialista.
Em causa estão as autoestradas da concessão Norte Litoral, em que as portagens são cobradas já em 65 quilómetros da A28, mas que serão alargadas a mais 51 quilómetros de vias dentro do distrito de Viana do Castelo.
"A A27 e a A28, até Caminha, também vão ter portagens, mas a cobrança não terá inicio ao mesmo tempo que as restantes SCUT", explicou a fonte da EP, sem adiantar datas para o inicio da cobrança e justificando a decisão com "questões logísticas", dado que ainda não se encontra instalado qualquer pórtico.
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anunciou que a cobrança de portagens nas restantes SCUT, além das três do norte, passará a ser feita até final do mês de outubro.
A A27, até Ponte de Lima, tem uma extensão de 25 quilómetros, menos um do que o troço norte da A28, que também desde Viana do Castelo liga praticamente à fronteira de Vila Nova de Cerveira com a Galiza, Espanha.
FONTE: "Lusa"
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