Autarca defende criação de "zona de pesca associativa" no Vale do Mouro para proteger a actividade e fomentar turismo

O presidente da Câmara Municipal de Monção defende que seria necessário criar uma "zona de pesca associativa" no Vale do Mouro, tendo em vista o controlo da pesca ilegal naquele rio e a manutenção da truta e do próprio rio. José Emílio Moreira refere que o Rio Mouro é um dos rios, no país, com maior capacidade de pesca da truta, mas que carece de protecção. Valorizando as potencialidades naturais do rio, o autarca acredita que, com a constituição dessa zona, seria possível não só praticar a pesca, mas desenvolver outros eventos sócio-económicos, em prol da região.
As declarações de José Emílio Moreira foram dadas, este sábado, à margem do arranque da I Feira do Vinho Tinto, da chouriça e broa de milho, na freguesia de Tangil. No discurso de abertura, o autarca deixou o apelo para que a população se una na defesa dos serviços públicos, que correm o risco de encerrar, devido ao fenónemo da desertificação, comum às localidades de interior. À Rádio Vale do Minho, o autarca não descura esse cenário, dizendo que, se a extensão de saúde encerrar e se a escola EB. 2,3 se tornar numa EB1, o posto da Guarda Nacional Republicana será provavelmente encerrado, numa espécie de efeito "dominó". Culpas que José Emílio Moreira atribui aos políticos da região e à própria população, em parte, adepta do chamado "bairrismo".
O alerta do presidente da Câmara de Monção surge a pouco mais de duas semanas do novo acto eleitoral, as legislativas 2011. O autarca confessa que não sabe qual o cenário do futuro, mas teme pela manutenção dos serviços públicos, caso a população de Tangil não adira ou se inscreva nos mesmos. Para o responsável, compete à população lutar pelos serviços que a freguesia possui. Recorde-se que a freguesia de Tangil é das mais distantes do concelho de Monção, com uma margem de 18 quilómetros da sede do concelho. Integrada em pleno centro do Vale do Mouro, é constituída por 25 lugares, dedicados, na sua essência, à actividade agrícola e piscatória.