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Vila Nova de Cerveira

Autarca aponta precipitação na concessão da Pousada de Juventude

15 Fevereiro, 2013 - 14:21

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O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira afirmou hoje que a concessão da Pousada de Juventude do concelho, admitida pelo Governo no novo modelo de gestão, é uma decisão “precipitada” por esta ser “rentável”.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira afirmou hoje que a concessão da Pousada de Juventude do concelho, admitida pelo Governo no novo modelo de gestão, é uma decisão “precipitada” por esta ser “rentável”.

Em causa está o novo modelo de gestão das Pousadas de Juventude, que poderá reduzir as unidades próprias da rede nacional de 45 para cerca de 20, sendo as restantes “franchisadas”, indica o estudo encomendado pelo Governo.

O “Estudo de viabilidade da rede das Pousadas de Juventude” foi apresentado no dia 08 e entre as pousadas cuja gestão será concessionada a outras entidades, públicas ou privadas, figura a unidade de Vila Nova de Cerveira, além das de Ponte de Lima e Melgaço, também no distrito de Viana do Castelo.

“Admito que a rede pode ser melhorada, ao nível da sua gestão. Mas excluir da rede unidades novas, com boas condições e que são rentáveis, como a de Vila Nova de Cerveira, segundo os dados que temos é uma decisão precipitada e que não atende a casos específicos”, afirmou à agência Lusa José Manuel Carpinteira.

A Pousada de Juventude de Vila Nova de Cerveira foi inaugurada em janeiro de 2008, fruto de um investimento de 1,8 milhões de euros na reconversão de uma antiga escola primária e passou a disponibilizar 60 camas.

“Penso que o Governo está a tentar acabar com o que havia de melhor na promoção do turismo jovem”, afirmou ainda o autarca socialista.

O estudo desenvolvido pela consultora Deloitte para o Governo apresenta dois cenários possíveis para a futura rede nacional de Pousadas de Juventude.

O “cenário base” foi desenvolvido numa vertente “mais empresarial” prevendo 21 pousadas “em gestão própria”. As restantes 24 passariam a um modelo de “cedência de exploração a entidades terceiras”, integrando a rede “com base num modelo de franquia”, acrescenta o estudo, ao qual a agência Lusa teve acesso.

Este cenário implicaria uma rede com 3.600 camas, metade das quais exploradas por “entidades terceiras públicas e/ou privadas” em regime de “franchising”, como seria o caso da unidade de Vila Nova de Cerveira.

A gestão própria da rede, no cenário base, seria mantida nas unidades de Viana do Castelo, Vilarinho das Furnas, Braga, Guimarães, Bragança, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Areia Branca, Catalazete, Lisboa, Parque das Nações, Évora, Beja, Arrifana, Portimão, Lagos, Faro e Tavira.

Em alternativa, é apontado um segundo cenário, “alinhado com as preocupações governamentais”, de se ter uma pousada em gestão própria “em todos os distritos de Portugal continental”. Este modelo considera 22 pousadas próprias, com 1.936 camas, 20 “franchisadas” e três na propriedade dos respetivos municípios.

Esta segunda solução procura garantir, além dos critérios financeiros, a “sustentabilidade social da rede”.

Este estudo, a implementar até final do ano, é enquadrado com a decisão do Governo de dissolver a Movijovem, que a 31 de dezembro de 2012 apresentava um passivo financeiro de 10,5 milhões de euros, e a necessidade de se “encontrar um modelo de negócio” para a rede de Pousadas de Juventude.

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