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Monção

Augusto Domingues: “Porque é que não fazemos uma Feira deste vinho?”

27 Junho, 2018 - 16:05

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“Porque é que não fazemos uma Feira deste vinho?”. A pergunta surgiu de repente. Do nada. Foi feita por Augusto Domingues, um dos membros dos Mordomos da Comissão de Festas […]

“Porque é que não fazemos uma Feira deste vinho?”. A pergunta surgiu de repente. Do nada. Foi feita por Augusto Domingues, um dos membros dos Mordomos da Comissão de Festas de Nª Srª das Dores, cujas celebrações se aproximavam. Corria o ano de 1997. O país andava num alvoroço com a anunciada EXPO’ 98 a ser realizada no ano seguinte. António Guterres era Primeiro-Ministro e a Alemanha tinha ganho, no ano anterior, o Campeonato Europeu de Futebol. Venceu na final a República Checa por 1-2. Na memória de muitos ainda pairava a chapelada feita por Poborsky a Vítor Baía, que eliminou Portugal nos quartos-de-final da prova.

Em Monção, o PS de José Emílio Moreira ganhava força. Estava prestes a conquistar a Câmara ao PSD. Augusto Domingues estava na fila da frente do combate socialista com a direita. Mas antes disso era preciso arranjar dinheiro para aquela que continua ainda hoje a ser a maior festa do concelho: Nª Srª das Dores. “Foi a primeira Feira do Alvarinho. Realizou-se em agosto, na envolvente da Estação de Caminhos-de-Ferro”, recordou Augusto Domingues à Rádio Vale do Minho. “Fizemos umas tendinhas ao longo da Rua dos Neris. Teve uma dimensão extraordinária! Foi fantástico”.

 

Augusto Domingues: “Fizemos umas tendinhas ao longo da Rua dos Neris. Teve uma dimensão extraordinária!”

 

O impacto do evento foi de tal ordem que Augusto Domingues viu-se obrigado a agarrá-lo meses mais tarde, já como vereador. O PS ganhou as eleições autárquicas em Monção. Venceu a Câmara. E o ‘inventor’ assumiu o pelouro da Cultura. “Esta feira é daquelas coisas que nos lembramos de fazer e temos sorte. Bateu! Cresceu e neste momento é uma das maiores do género em Portugal”, disse Augusto Domingues, pleno de orgulho, quando estamos às portas de mais uma edição do certame que desde então tem vindo a realizar-se de forma ininterrupta.

A Feira do Alvarinho, desde o seu nascimento, já passou por vários locais. Depois da envolvente da Estação, transitou para o Campo da Feira e por lá ficou vários anos. Augusto Domingues chegou a presidente da Câmara de Monção e a feira já contava centenas de rostos conhecidos de todas as áreas. No final de cada edição, o total de visitantes chegava aos 50 mil. Até que em finais de 2017, o PSD de António Barbosa chegou ao leme do Município. Decidiu mudar o certame para o Parque das Caldas e atribuir-lhe nova imagem. A zona da restauração vai regressar. Será a 22ª edição de uma feira que se agiganta no país e que começou como tantos outros eventos: pequenos e que se tornaram grandes. Começa na próxima sexta-feira, às 10h30.

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