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Caminha

Atenção. Caravelas-portuguesas em duas praias do Alto Minho. Autoridades apelam a “cuidados redobrados”

29 Agosto, 2025 - 02:04

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Tentáculos podem atingir um comprimento de 50 metros, mas a média é cerca de 30 metros.

As caravelas-portuguesas (Physalia physalis) têm marcado presença nos últimos dois dias nas praias de Moledo e da Gelfa, em Caminha.

 

A situação, segundo a SIC Notícias, está a preocupar as autoridades que “apelam a cuidados redobrados aos banhistas”.

 

Francisco Nande, nadador-salvador na praia de Moledo, confirmou àquele canal televisivo que os organismos têm aparecido em maior número.

 

Podem provocar, por exemplo, queimaduras nos banhistas e outros tipos de alergias.

 

Há dias, a plataforma GelAvista já tinha lançado um alerta para esta espécie.

 

“A caravela-portuguesa está a arrojar às praias da costa oeste de Portugal, entre os concelhos de Leiria e Viana do Castelo! Esta espécie é considerada como muito urticante! Na maioria dos casos, os sintomas são ligeiros como dor e queimadura, vermelhidão e inchaço, comichão e formigueiro”, lê-se.

 

No entanto, “em algumas situações, a reação pode ser grave e incluir: dores no peito, abdominais e musculares, problemas cardíacos (dor/arritmias), náuseas, vómitos e desmaios, dor de cabeça, dificuldade em respirar ou reação alérgica severa”, avisa o GelAvista.

 

 

Cuidados a ter

Não toque nestas gelatinosas.

 

Algumas espécies de medusa podem picar, injetando veneno e causando reações locais e, no caso da caravela portuguesa, efeitos sistémicos ocasionais.

 

Estas espécies têm células chamadas cnidócitos usadas para alimentação e defesa, que são como minúsculas seringas que injetam substâncias tóxicas por contacto com outros animais. Os cnidócitos encontram se essencialmente nos tentáculos.

 

No caso dos humanos, o nível de toxicidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada.

 

Os cnidócitos permanecem ativos mesmo quando os animais estão mortos na areia da praia.

 

A maioria dos contactos é acidental e ocorrem na praia. Por isso, é importante que os frequentadores das praias evitem tocar nos organismos arrojados especialmente nos tentáculos.

 

 

Se avistar, alerte

Se avistar uma (ou várias) caravelas-portuguesas na praia, deve alertar de imediato os responsáveis pela segurança da praia. Neste caso, os nadadores-salvadores.

 

 

Se tiver tocado em alguma:

Lave a zona afetada com água do mar, sem esfregar. Remova com uma pinça os possíveis vestígios do organismo que possam estar na pele

 

 

Não faça isto:

Não usar água doce, álcool, ou amónia;

 

Não usar ligaduras ou pensos rápidos.

 

 

Após lavar e limpar com água do mar a zona afetada:

Aplicar compressas quentes (40º C) durante cerca de 20 minutos. Aplicar vinagre sem diluir.

 

Se estiver em choque, com dificuldades em respirar ou a dor persistir, consulte o seu médico ou farmacêutico.

 

Vale referir que a caravela-portuguesa não se move – flutua à superfície das águas, empurrada pelo vento, com os tentáculos pendentes com a finalidade de capturar peixes para a sua alimentação.

 

Os tentáculos podem atingir um comprimento de 50 metros, mas a média é cerca de 30 metros.

 

 

 

[crédito fotografia capa: GelAvista]